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Em dezembro de 2022 o grande público começou a ouvir falar no ChatGPT.
Numa altura em que as gigantes tecnológicas do costume desviavam a nossa atenção para o metaverso, para a realidade virtual e aumentada, eis que o grande abalo tecnológico fez-se sentir no ramo da Inteligência Artificial.
Apesar de vários especialistas já terem afirmado com toda a certeza que o chatbot da OpenAI, o ChatGPT, não é senciente, as conversas que tem tido com todos os curiosos que o quiseram experimentar, nos últimos dois meses, podem levar-nos ao engano.
Ainda é cedo para sabermos ao certo quais são as vantagens, potencialidades e riscos desta tecnologia que não é propriamente nova, mas o que já sabemos é que o mundo tecnológico se está a preparar para uma “corrida pela Inteligência Artificial”. Pouco depois de o ChatGPT ter "viralizado", a Microsoft apressou-se a investir 10 mil milhões de dólares na OpenAI. E esta semana veio a público anunciar que iria integrar esta tecnologia no seu motor de busca, o Bing, e no seu navegador de Internet, o Microsoft Edge.
Este investimento multimilionário da Microsoft, segundo fontes do mundo tecnológico, deixou a Alphabet, dona da Google, num alvoroço. A empresa viu-se pressionada a acrescentar algo à conversa e apresentou o seu chatbot Bard. Numa publicação na rede social Twitter que apresentava Bard ao mundo, o chatbot cometeu uma imprecisão quando lhe lançaram a pergunta “que novas descobertas do telescópio espacial James Webb posso contar à minha criança de nove anos?”
Segundo Bard, o James Webb tirou as primeiras fotos de exoplanetas fora do nosso sistema solar, quando na verdade, não terá sido este telescópio espacial o primeiro a fotografar os Planetas em questão. Este foi um pequeno lapso que saiu caro à Google, que caiu mais de 7% em bolsa depois desta publicação.
Enquanto isto, a popularidade do ChatGPT continuou a crescer. Os utilizadores têm lhe dado todo o tipo de uso, e até estrelas de Hollywood já recorreram a esta tecnologia para promover os seus negócios na Internet. O mundo do trabalho e o mundo tecnológico encontram-se debruçados sobre questões ontológicas. Em 2017, Elon Musk, um dos fundadores da OpenAI, alertava o mundo para a importância de se regular a Inteligência Artifical "antes que fosse tarde demais".
Em 2018, Elon saiu da OpenAI alegando um conflito de interesses com a Tesla, no entanto, é sabido que Sam Altman, um dos fundadores juntamente com Musk, e atual CEO, partilha da mesma preocupação.
O professor Arlindo Oliveira é doutorado em Engenharia Eletrotécnica e Ciências da Computação pela Universidade da Califórnia em Berkeley. Desde então, é professor do departamento de engenharia informática do Instituto Superior Técnico, onde desenvolve trabalho no contexto de sistemas digitais, síntese lógica, algoritmia, aprendizagem automática e bioinformática. Quisemos perguntar-lhe como olha para a tecnologia da OpenAI e o que é que este avanço significa realmente para o ramo da Inteligência Artificial.
Segundo o professor Arlindo Oliveira, o ChatGPT, apesar de relevante, não será ainda o salto tecnológico que nos ajudará a construir robôs saídos de filmes ficção científica. No entanto, tem o potencial de vir a mudar a forma como interagimos com equipamentos dos quais já estamos muito dependentes nos dias de hoje.
O futuro desta tecnologia é incerto e, por isso, com o objetivo de tornar este artigo mais esclarecedor fomos perguntar ao próprio ChatGPT qual o seu futuro.
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