A marca CR7 pode sofrer uma quebra do seu valor até 60 milhões de euros. Quem o diz é Daniel Sá, presidente executivo do IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing, após a acusação de violação de Kathryn Mayorga contra o craque português.

“Nesta fase existe apenas um risco e não uma desvalorização efetiva do valor da marca. O risco passa por perder atuais contratos de patrocínio ou de obtenção de novos patrocinadores. (…) Em caso de rescisão de contratos, a perda anual de Ronaldo pode ir dos 10 aos 60 milhões de euros”, afirma Daniel Sá ao Imagens de Marca.

O especialista, que há oito anos “mede” a marca do futebolista, explica que as marcas procuram duas coisas em Ronaldo: visibilidade e associação aos valores e atributos do jogador, como superação, profissionalismo, sede de vencer, etc. Se o primeiro ponto não está em causa, o problema pode surgir no segundo ponto: “As marcas não querem estar associadas a episódios ou atributos negativos”. Ainda assim, “devem estar ao lado atleta até prova em contrário. (…) Devem agir como estão a fazer agora: vigiar com cautela e não tomar decisões precipitadas.

Daniel Sá acredita ainda que “a marca Cristiano Ronaldo sobreviverá a este episódio que cairá no esquecimento dentro de algum tempo”.

A Nike, que patrocina CR7 desde 2003, mostra-se “profundamente preocupada com as alegações perturbadoras que enfrentam Cristiano Ronaldo”. Também a EA Sports revelou a sua consternação em comunicado: “Nós vimos o relatório preocupante que detalha as alegações contra Cristiano Ronaldo. Estamos a monitorizar de perto a situação, já que esperamos que os atletas e embaixadores se comportem de maneira consistente com os valores da EA”.

Por outro lado, há quem tenha saído em defesa do jogador que esta temporada se mudou para a Juventus. A Yamamay garante que não tenciona retirar o avançado da sua nova campanha publicitária. A marca considera a acusação de violação “uma história improvável” e defende a “presunção de inocência”.

Outras marcas patrocinadoras, como Toyota, Emirates, American Tourister e Panzerglass ainda não se pronunciaram sobre o caso.