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“When Philip Met Isabella" foi a exposição que contava o encontro e a obra que nasceu entre Philip Treacy e Isabella Blow. Apaixonei-me! Gosto de encontros.
Numa era Phygital, este é um espaço de encontros. Diferentes. Com pessoas que gosto de ter pelo LAB.
Luca de Santis e Paola Corini
Lisboa foi a cidade escolhida para o lançamento do 4º volume da revista Cartography.
Luca de Santis e Paola Corini são dois italianos que em Milão criaram uma revista de grande formato, especializada em itinerários pelo mundo com paragens recomendadas, com destinos ilustrados por álbuns fotográficos e histórias de pessoas. Uma revista para os viajantes modernos. Print Is Not Dead e esse foi apenas um dos temas que nos juntou à conversa.
- Em 2016 fundaram uma revista para “viajantes modernos”. O que propõem neste número?
Cada revista, editamos duas por ano, foca-se em três destinos, neste número temos o Japão, Dakota do Sul e Veneza, temos entre nós o compromisso de, por sermos italianos, incluir sempre um destino do nosso país. Assumimo-nos como especialistas em itinerários, mapas e sugerimos aos leitores o que fazer a cada dia num destino. Temos colaboradores, e neste número nós trabalhámos os dois nos temas Japão e a Dakota do Sul. Somos uma startup ainda, mas queremos ter uma identidade muito própria e precisamos de tempo para continuar a crescer.
“Procuramos um equilíbrio perfeito entre aventura, requinte, qualidade e um sentido de lugar”
- Hoje temos a ideia que é difícil lançar e manter uma revista impressa numa era digital…
Na verdade, não é assim tão difícil, nós optámos, por exemplo, por ser um formato oversize, não uma revista para trazer na mala. Apostámos na alta qualidade do papel, uma impressão muito cuidadosa, fotografamos a 35mm. Para produtos de qualidade há público. E, de certa forma, é a aposta num formato mais de colecionador para ter toda a série e estamos muito orgulhosos, não é uma revista que se deite fora é para guardar independentemente de se gostar mais de um destino que de outro há sempre trocas culturais, fronteiras, pessoas, temas como a migração que são muito atuais. Acreditamos que ter tempo é um luxo e é o momento de as pessoas terem tempo de lerem boas histórias.
- Nesta área, identificam alguma tendência?
As pessoas hoje em dia procuram conforto e viagens feitas à medida. Fala-se muito de experiências, é uma grande questão… Nós procuramos contar histórias, por exemplo, de como nos voltarmos a ligar à natureza, de redescobrir o nosso passado, as nossas raízes, encontrar novas formas de beleza. Há pouco tempo estivemos numa Talk com colegas de outros países a discutir o renascimento das revistas e há efetivamente um nicho de pessoas que procuram este tipo de produto. Nós optámos por ser bilingue, italiano e inglês e os nossos vídeos também mostram bem o nosso conceito.
Temos a revista impressa e um site com os filmes que fazemos, é a melhor maneira de contar uma história a combinação das pessoas, dos lugares, com música…tentamos sempre contar uma história com texto, fotografias, vídeo e mapas claro, adoramos mapas!
- E Portugal é inspirador para “cartografar”?
A revista vende-se desde o primeiro número em Portugal e a verdade é que o próximo terá entre os destinos Lisboa e os Açores.
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