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A companhia Condé Nast trata-se de uma das mais bem sucedidas editoras de revistas, mas nem por isso está a conseguir passar ao lado da atual crise que assola a indústria do jornalismo impresso. E é essa a razão que está a fazer com que a detentora de publicações com a Vogue, a Vanity Fair e a The New Yorker comece a planear vender algumas das suas glamorosas revistas.
A Brides, a W e a Golf Digest tratam-se das publicações que o grupo irá tentar vender, o que vai de encontro às recomendações do Boston Consulting Group, segundo executivos da companhia. Tal decisão foi tomada após a empresa ter já tomado medidas para reduzir os custos inerentes à sua atividade e ter-se tornado mais experiente e presente a nível digital, esforços esses que se revelaram insuficientes para combater as perdas recentes.
Desde o encerramento da revista Details e da versão impressa da Self e da Teen Vogue, passando pelo despedimento de 80 funcionário no ano passado e pela junção dos departamentos fotográficos e de pesquisa de várias pubilicações, vários atuais e antigos executivos da Condé Nast afirmam que tais medidas não foram suficientes para contornar a situação negativa da companhia, avança a The Business of Fashion.
Tendo perdido 120 milhões de dólares em 2017, a companhia espera que a venda de mais três das suas revistas possa vir a ser a melhor solução. De facto, apesar da mística e do glamour que sempre esteve associado às revistas do grupo Condé Nast, o surgimento das redes sociais provocou uma alteração nos hábitos dos consumidores, o que fez com que estas publicações impressas começassem a perder a posição dominante que tinham outrora. E apesar de os ganhos por elas obtidos no meio digital terem sido consideráveis, não foram suficientes para tornar a companhia lucrativa.
Mas, de facto, o negócio digital poderá vir a ser uma das fontes de receita que levará as revistas da Condé Nast de volta a uma situação lucrativa no futuro. “Os nossos negócios digital e de vídeo cresceram de forma tão significante que a sua receita ultrapassou pela primeira vez na história da companhia a receita das publicações impressas”, aponta Robert Sauerberg, presidente e chefe executivo da Condé Nast. E tais receitas provenientes do digital conseguirão mesmo, este ano, reduzir as perdas da empresa, de acordo com dois executivos.
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