Brasil - O marketing caseiro do candidato #elenao

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A opinião de Uriel Oliveira
Brasil - O marketing caseiro do candidato #elenao
11 de Outubro de 2018
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Brasil - O marketing caseiro do candidato #elenao
Uriel Oliveira
Diretor de Produto da Cision

Como é que o marketing caseiro do candidato #elenao derrotou o marketing milionário dos outros candidatos?


Poucos acreditavam que uma bolha de apoiantes radicais reunidos nos três últimos anos na internet, evoluísse para um movimento nacional capaz de disputar as eleições presidenciais brasileiras.


Jair Balsonaro orgulha-se de fazer uma campanha sem “marketeiros” – É um facto que a sua campanha caseira, barata e sem efeitos especiais arrasou as campanhas de muitos milhões de reais dos seus rivais na primeira volta das eleições presidenciais brasileiras – mas como?

O caos
Um ex presidente preso, uma ex presidente destituída do cargo, um Brasil dividido, voltado contra os políticos, pobre, violento, radical, um caos perfeito para uma mensagem demagógica e radical.

O público alvo
Tirou partido de um Brasil dividido em dois, os que são a favor do PT os que são contra, e marcou muito claramente estes últimos como o seu público alvo.

Declarou guerra aberta ao PT, auto nomeou-se o inimigo número 1 de Lula e das esquerdas e concentrou-se apenas em todos os que de alguma forma estão descontentes com a esquerda - concentrou praticamente todo eleitorado contra o PT nele próprio.

A arte da guerra
Um discurso violento, negativo baseado num ataque sem piedade ao seu adversário. Contra o PT, contra Lula, contra Haddad, contra o sistema, contra os políticos, contra a democracia, contra as minorias, contra os homossexuais, contra as mulheres.

Uma mensagem simples
A mensagem moralista, antissistema, centrada num discurso anti PT sustentado pelo escândalo da operação Lava Jato, resumem a campanha do candidato da extrema direita.

A mensagem é extremamente simples, mas tem a capacidade imediata de agregar em si todos aqueles que estão contra o PT – é este o “interesse” comum dos seus eleitores.

O mito
Expõe as suas fraquezas, nomeadamente o facto de não ter experiência política, e exalta as suas qualidades, o facto de nunca ter sido investigado pela justiça, para criar uma ligação muito emocional e pouco racional, um “mito” em torno da sua personalidade “messiânica”.

O herói
Encenado ou real, o que é certo é que o atentado que sofreu, que o obrigou a suspender a campanha de rua, foi um trunfo muito forte a seu favor:

- Ajudou a reforçar ainda mais a ideia de “mito”, o herói que sofreu um atentado e que recuperou.
- Deu-lhe uma grande visibilidade nos media tradicionais que o ignoravam
- Deixou-o de lado dos debates com os seus adversários, uma área que não domina por ser pobre na argumentação e ter dificuldade em explicar as suas posições.

A manada
Para os eleitores que tradicionalmente votam em quem está à frente, o candidato da extrema direita, revelou ser o elo mais forte, o voto útil de protesto, no momento que começou a aparecer à frente nas sondagens. Também os media e a elite empresarial passaram a vê-lo com outros olhos.

A rede
Mais de 120 milhões de brasileiros utilizam o WhatsApp para comunicar e para consumir informação.

Através do WhatsApp, Bolsonaro intervém diretamente em mais de 30 000 grupos de pessoas.

A diferença entre o WhatsApp e as grandes redes sociais como o Facebook ou o Instagram, é que a mensagem no WhatsApp não está sujeita a nenhum algoritmo baseado nas preferências ou hábitos dos utilizadores. A mensagem, para além de ter muito mais alcance orgânico, não tem filtros e ganha também em credibilidade, na medida em que parte necessariamente de um círculo de amigos próximo.

Um batalhão de microinfluenciadores
Um grupo de radicais de direita ativistas na internet germinou o movimento nacional que colocou o candidato Bolsonero como presidenciável e muitas foram as pessoas comuns que acreditaram nas ideias do candidato e que passaram a partilhar ativamente propaganda nas suas redes sociais.

A lição americana
É inevitável a comparação com Donald Trump. O “muro” de Bolsonaro é a defesa da sociedade contra os “bandidos” e a promessa de combater todos os esquerdistas – um nacionalismo à moda antiga que vimos emergir na América há bem pouco tempo atrás.

Ele não
Fascista, demagogo, ditador, militarista, autoritário, truculento, homofóbico, racista, machista, misógino, e muito mais - odeio, desprezo e repugno tudo o que representa.


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