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Os consumidores estão mais atentos ao propósito e missão das marcas no mundo em pandemia. É o caso da United Colors of Benetton que vê agora reforçados os seus valores sustentáveis através da abertura de um novo conceito de loja baseado em materiais reciclados e de última geração para a economia de energia. 

A primeira loja, em Florença, torna-se assim um ponto de referência para o retalho do futuro, que receberá coleções cada vez mais sustentáveis.

Resultado de um esforço de investigação e inovação, a nova loja faz parte de um grande projeto de sustentabilidade que a Benetton está a implementar para consolidar boas práticas, melhorar o seu desempenho ambiental e social em toda a cadeia de abastecimento e tornar-se um modelo em Itália e em todo o mundo no que diz respeito à moda sustentável.

"Esta loja é um conceito único em todo o mundo, estudado para dar início a uma nova fase da nossa empresa. É um projeto em que a empresa acredita fortemente, uma parte fundamental de um percurso que visa tornar-nos uma referência mundial de sustentabilidade e em que Florença representa o símbolo deste Renascimento sustentável. A Benetton sempre fez escolhas corajosas e de vanguarda do ponto de vista do impacto social. Continuaremos a fazê-lo com cada vez mais determinação e convicção", afirma em comunicado Massimo Renon, administrador-delegado do Benetton Group.

O ponto de venda está disposto num único andar de 160 metros quadrados, em que se destacam materiais naturais reciclados. O pavimento é feito de cascalho do rio Piave e restos de madeira das faias derrubadas pela tempestade de Vaia, as paredes foram tratadas com tinta mineral com propriedades antibacterianas, antibolores e com capacidade de redução de poluentes presentes no meio ambiente. 

Os interiores da loja foram produzidos com novos materiais criados pela integração de resíduos da indústria têxtil: os botões usados (difíceis de eliminar), misturados com hidrorresina, tornam-se plataformas perimetrais e bases dos expositores; a lã reciclada (em estado de mecha crua) é reutilizada como desenho no revestimento perimetral e como decoração das cortinas dos provadores; o "rossino", material feito com fibras têxteis mistas recicladas, dá vida a estantes, bases de expositores e manequins.

Já no que toca às vitrinas foi concebido um sistema sustentável que permite uma redução dos recursos atualmente utilizados. Substituídas por painéis transparentes fixados ao teto que podem ser deslocados conforme desejado, criam uma espécie de cenário teatral que gera uma ligação entre a loja e a rua. As vitrinas são equipadas com ecrãs LED transparentes, de baixo impacto ambiental, em que serão projetados conteúdos de vídeo dedicados com base nas necessidades do momento em matéria visual, comercial e de comunicação.

Os consumos energéticos são reduzidos em 20% em comparação com os de uma loja padrão. Através de sensores minúsculos, inteligência artificial e análise de dados, foi efetivamente concebido um sistema que permite maximizar a eficiência energética dos pontos de venda e garantir o conforto do cliente, gerindo automaticamente os sistemas em função do afluxo de pessoas.