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Pesquisa
A propósito do Dia Internacional da Saúde Mental, assinalado a 10 de outubro, a AESE Business School apresentou um estudo que identifica as cinco medidas mais eficazes para melhorar o bem-estar psicológico no trabalho.
Entre as prioridades destacadas pelos participantes estão a conciliação entre trabalho, família e vida pessoal, a gestão de conflitos internos, o respeito pelo horário semanal, a valorização profissional dos colaboradores e a redução da pressão excessiva no ambiente laboral.
Conduzido por Pedro Afonso, médico psiquiatra e professor da AESE Business School, Miguel Fonseca, professor de Estatística da Universidade Nova de Lisboa, e José Fonseca Pires, diretor do Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (PADIS), o estudo analisou dez medidas organizacionais para promover a saúde mental no trabalho. A investigação avaliou o seu grau de implementação e o impacto na perceção de bem-estar dos colaboradores, com base numa autoavaliação de 598 profissionais com funções de liderança e operacionais pertencentes à comunidade Alumni da AESE.
“Hoje, a saúde mental no trabalho assume um papel central nas agendas das organizações mais competitivas e sustentáveis. Garantir o bem-estar psicológico dos colaboradores é um fator estratégico de gestão”, sublinha Pedro Afonso, um dos autores do estudo, citado num comunicado de imprensa enviado às redações.
O médico acrescenta ainda que investir neste domínio “pode reduzir custos relacionados com a falta de saúde e o absentismo, aumentar a produtividade e a satisfação profissional”.
Entre as conclusões, destaca-se que a posição hierárquica influencia a perceção de saúde mental: 17,6% dos técnicos reportam má saúde mental, enquanto o valor desce para apenas 2,3% entre CEO e presidentes.
De acordo com os dados recolhidos, as medidas mais comuns nas empresas incluem conciliação trabalho–família–vida pessoal (75,5%), respeito pelo horário semanal (75%), regimes híbridos (67,4%) e valorização profissional (65,6%). Já entre as menos frequentes estão a redução do multitasking (19,9%) e a existência de programas de acompanhamento no regresso ao trabalho após baixa médica (19,5%).
“Há margem para aumentar a adoção de algumas práticas menos comuns, que favorecem a saúde mental, como a redução da pressão excessiva e a criação de programas específicos de acompanhamento no regresso ao trabalho”, reforça Pedro Afonso.
Os participantes do estudo têm uma idade média de 51,8 anos, sendo 60,9% do sexo masculino e 39,1% feminino. A maioria tem filhos (85,3%) e pertence a setores como Saúde (23,6%), Indústria (13,1%), Banca e Seguros (10,1%) e Energias e Ambiente (8,7%). Cerca de dois terços ocupam cargos de alta chefia ou administração e mais de metade trabalham em grandes empresas.
O estudo reforça a relevância de integrar a saúde mental nas estratégias de gestão das organizações, sublinhando que o bem-estar psicológico no trabalho é cada vez mais um indicador de competitividade e sustentabilidade empresarial.
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