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O estudo revela uma recuperação expressiva do setor bancário (+29,9%), a consolidação da valorização do setor de retalho (+13,2%) e a tendência de quebra no setor energético.
A mais recente edição do ranking das 100 marcas portuguesas mais valiosas, divulgada pela consultora OnStrategy, identificou as marcas de maior valor financeiro nos principais setores de atividade em Portugal.
Depois de anos de contenção e reestruturação, o setor bancário português volta a destacar-se, registando um crescimento médio de +29,9% no valor das suas marcas. O Novo Banco lidera este impulso com uma valorização de +90,3%, seguido pela Caixa Geral de Depósitos (+30%) e pelo Millennium BCP (+35,4%), lê-se num comunicado enviado às redações.
De acordo com João Baluarte, partner da OnStrategy, este desempenho é reflexo de uma “melhoria da rentabilidade operacional, recuperação da confiança dos consumidores” e “estabilização macroeconómica”, que devolveu protagonismo ao setor financeiro.
Apesar de continuar a deter a marca mais valiosa do país — a EDP, avaliada em €2.870 milhões — o setor energético registou uma quebra média de -4,3%. A Galp Energia recuou 6,9% e a EDP Renováveis caiu 5,1%, refletindo o impacto da normalização dos preços da energia e a descida da capitalização bolsista.
Segundo Baluarte, “esta descida não reflete um enfraquecimento estrutural, mas sim a adaptação a uma nova fase de maturidade e regulação do setor”.
O retalho permanece como o setor com maior valor agregado no ranking, atingindo os €4.776 milhões e com um crescimento de +13,2% face a 2024. Marcas como Jerónimo Martins (+21,1%), Continente (+12,3%) e Pingo Doce (+7,1%) foram os principais motores desta valorização.
As boas práticas na gestão omnicanal, eficiência logística e a proximidade ao consumidor são apontadas como os principais fatores por detrás da resiliência deste setor.
A construção surge como outro setor em destaque, com um crescimento de +22,5%, impulsionado sobretudo pelo desempenho do Grupo Mota-Engil, que valorizou +31,3%. Já o setor da saúde, com marcas como CUF e Luz Saúde, registou um crescimento consolidado de +11,4%.
“O modelo assente na publicidade está sob forte pressão. A fragmentação das audiências e a migração para plataformas digitais exigem uma transformação profunda”, alerta João Baluarte. A consultora sublinha que a valorização futura destas marcas dependerá da capacidade de adaptação ao ecossistema digital, com ofertas personalizadas e diversificadas e forte gestão de reputação.
De notar que o estudo foi elaborado com base na metodologia Royalty Relief e segue as normas internacionais ISO20671 (avaliação estratégica e de força) e ISO10668 (avaliação financeira).
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