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Quotidianamente vejo-me confrontado com notícias, nomeadamente nos media, sobre o conceito de auto-regulação, que nos confunde naquilo que consideramos como sua essência e que pode levar a uma deturpação do mesmo.
Aproveito esta via para partilhar aqui a minha opinião acerca do conceito de auto-regulação, aquele que está na génese da existência do ex ICAP e actual Auto Regulação Publicitária e que considero mais preciso.
Fala-se, muitas vezes, em “auto-regulação” quando uma Empresa, desenvolve e publica “regulamentos” internos, como por exemplo um código de conduta e ou de comunicação comercial, elencando uma série de comportamentos segundo um quadro de princípios e valores da própria empresa/grupo e cujo cumprimento é mandatório. Neste caso poder-se-ia chamar de auto-regulamentação e não de auto-regulação.
Muitas vezes também se designa de auto-regulação, quando o poder regulamentar está desenvolvido e subscrito por diversas Entidades independentes entre si, mas consensualizadas para o efeito. Nesta situação também, quanto a nós, não estamos perante auto-regulação como à frente se verá, mas sim meramente um pendor regulamentar aplicado a um certo âmbito.
A visão e metodologia preconizada na Associação da Auto Regulação Publicitária (ARP), constituída por Anunciantes, Agências e Meios, é, quanto a nós, o exemplo perfeito da auto-regulação na sua plenitude, assentando em três pilares indissociáveis:
• Existência de Para-Órgãos imparciais e independentes com competências de excelência e que analisam e validam a publicidade pronunciando-se através das várias ferramentas de auto-regulação publicitária, por ex., monitorização, queixas, pre-clearance, copy-advice, etc.;
• Códigos de Ética, mais restritivos que a lei e elaborados com base em auscultações transversais que envolvem não só os Associados e a restante Indústria, como a Administração Pública, as Associações Sectoriais e os Reguladores.
• Sancionamento de não cumprimento, apurado pelos Para-Órgãos.
E tudo isto suportado por um sistema que ao interligar estas três premissas de uma maneira optimizada, torna-o indelevelmente célere e eficaz na prossecução dos objectivos da auto-regulação.
Também este conceito e metodologia têm sido alvo de elogio pela Comissão Europeia junto da EASA – European Advertising Standards Alliance e dos organismos de auto-regulação integrados e enquadrados no sistema de auto-regulação da publicidade, como é a Auto Regulação Publicitária.
Este artigo de opinião tem como objectivo prestigiar e defender o sistema de auto regulação implementado na Auto Regulação Publicitária, procurando evitar a distorção de um conceito usado, muitas vezes, de forma banalizada e equívoca.
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