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Com o mundo em quarentena, uma economia a ser contagiada pelo coronavírus e a pandemia do medo a generalizar-se, está na altura das marcas responderem à crise com mensagens de esperança num momento de incerteza.
Cuidar dos consumidores e da sociedade em geral, ter preocupações com o meio ambiente ou outras causas específicas já não é suficiente. É tempo de aprofundar promessas e estar à altura do grande desafio: pôr à prova o verdadeiro propósito das marcas.
“Estamos todos a viver aquilo que já se previa. Que as leis da natureza prevaleceriam: a incerteza, o caos…Habituámo-nos a ter as coisas como certas e agora temos as variáveis todas em aberto”, explica-nos Carlos Coelho, presidente da Ivity Brandcorp.
“Vivemos numa altura cheia de medos e de ansiedade mas vivemos também numa altura cheia de oportunidades e aquilo que se espera das grandes marcas, das que vão sobreviver, é que expliquem, ajam, tenham coragem de assumirem um propósito”, refere o especialista.
Nunca o quadrante social fez tanto sentido. A grande tendência passa a ser a emergência social. A capacidade de uma marca mostrar a sua “grandiosidade” e deixar o entretenimento de lado. Carlos Coelho diz mesmo que já não é tempo “de andarmos a brincar às marcas. São importantes demais”.
Com o comportamento dos consumidores a mudar, há que continuar a comunicar de forma próxima e construtiva – mas sempre com um propósito. O presidente da Ivity Brandcorp acredita que este momento “trará o quadrante social das marcas para o principal campo de ativação, de comunicação, de presença”.
Habituadas a construir uma relação com o consumidor quando a necessidade de vender surge, agora a norma vai ter de mudar.
“Uma marca é uma relação de longo termo, é o sonho do homem perpetuado na economia e quando se estuda a história das marcas vê-se aquelas que foram capazes de passar guerras ou situações difíceis como esta – são as que se adaptaram mas que souberam mostrar ao que é que vêm. É certamente a altura de colocarmos nós as máscaras, mas de tirar as máscaras às marcas”
A partir de agora as marcas vão ter de agir em função do que sentem. Vão ter de inspirar para transformar. Vão ter de praticar o marketing do bem.
“O significado, a proximidade, a relação objetiva de uma marca vai sentir-se agora”, refere ao IM Carlos Coelho. “Gerir uma marca, comunicar uma marca é ter uma ação do agente do bem e esse agente do bem vai trazer lucros e justificar o investimento. Não há tanto espaço para coisas tão superficiais, coisas que sabemos que estão erradas, entretenimentos que só servem para nos tentar atirar areia para os olhos – esse tipo de marketing está condenado”.
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