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Portugal, tem na essência da sua história e desenvolvimento, a atividade primária da agricultura. A sábia arte de trabalhar a terra, de saber mimá-la e trata-la, consoante os seus ciclos, e a capacidade de conseguir dela produtos de elevadíssima qualidade.
No entanto, antes da adesão à CEE a agricultura portuguesa evidenciava um baixo grau de desenvolvimento: com os produtos portugueses a ter de competir a preços mais baixos do que os até aí existentes, contando com um capital humano e uma estrutura tecnológica claramente em desvantagem em relação aos restantes parceiros europeus.
Recuando até 1962, a Política Agrícola Comum (PAC) europeia pretendeu aumentar a produtividade agrícola, assegurar o abastecimento regular de géneros alimentares, estabilizar o preço dos produtos agrícolas e garantir aos agricultores rendimentos mais justos. Apesar do sucesso desta política em muitos aspetos, esta fez-se acompanhar por efeitos secundários negativos, como os desequilíbrios ambientais – p.e., a sobrexploração da terra e a prática intensiva de cultivo; a criação de excedentes; o excesso de protecionismo aos produtos comunitários; e o aumento do peso no Orçamento da EU das despesas agrícolas.
Paralelamente, fruto de variadíssimos fatores, durante um longo (e excessivo) período, muita desta terra foi ficando ao abandono, com o fenómeno da migração dos centros rurais para os urbanos, procurando mais e melhor condições de vida.
Esta é, porém, uma realidade que se espera ultrapassada. O objetivo é que, atualmente, todos os produtores sejam capazes de sobreviver pelos seus próprios meios, no mercado da UE e no mercado mundial e que o consumidor tenha à sua disposição uma escolha ampla a preços justos.
A solução? Apostar-se na diferenciação, nomeadamente na produção de produtos biológicos e produtos alimentares com certificado de origem e rótulo de qualidade. Atualmente, a agricultura biológica ainda é um nicho em Portugal mas o consumo já é maior que a produção, representando cerca de 20 milhões de euros.
Os agricultores têm necessariamente de se transformar em empresários agrícolas, mais inovadores, empreendedores e dominando as novas tecnologias. A este nível começa já a aparece, com alguma expressão, uma geração mais nova e qualificada, com capacidade e recursos para requalificar o sector, que tradicionalmente tem sido pouco atrativo a esta faixa populacional.
O Centro de Portugal tem a este nível alguns exemplos de excelência, com alguns projeto já premiados, em território nacional e internacional. Desde os tradicionais queijos até às frutas, de oeste a leste de Portugal, proliferam projetos de jovens empreendedores, que trabalham produtos endógenos desta região, nomeadamente, associados à Pera Rocha do Oeste e à Maçã de Alcobaça; à Aguardente da Lourinhã; em Leiria aos tradicionais Queijinhos de Azeite e às Morcelas de Arroz; em Coimbra, o Queijo Rabaçal, e o Mel da Serra da Lousã assumem-se como marcas fortes; na Ria de Aveiro, o Bacalhau é rei e senhor, e os ovos-moles são já uma marca incontornável. Por terras de Viseu, as frutas assumem um lugar proeminente, em especial a Maçã da Beira Alta, bem como a Maçã Bravo de Esmolfe, ou a Vitela de Lafões.
Na Serra da Estrela, uma das nossas marcas mais fortes: o queijo da Serra da Estrela, ou o Cabrito da Beira; e em Castelo Branco e deixe-se maravilhar pelo Queijo Amarelo da Beira Baixa, bem como pelo Cabrito da Beira. Nesta região, também o Azeite se tem assumido e valorizado, como um produto de qualidade acima da média europeia, e que merece, portanto a respetiva valorização.
Azeite, queijo, carne, doçaria tradicional, bacalhau, fruta, (…), são produtos que, pela sua extraordinária qualidade, devem apostar em design, marketing e numa promoção nacional e internacional, que corresponda ao seu valor. Merecem os portugueses que, acima de tudo, sejamos nós mesmos os primeiros a dar valor ao que produzimos! Produzir e vender “a granel”, a investidores estrangeiros, que colocam o produto a preços inflacionados no mercado, adulterando a origem do mesmo, não é, definitivamente o caminho.
Portugal e os Portugueses devem aportar valor, ao que valor têm! Afinal, já diz o velho ditado, “se não gostarmos de nós, quem gostará?”
Portugal, tem na essência da sua história e desenvolvimento, a atividade primária da agricultura. A sábia arte de trabalhar a terra, de saber mimá-la e trata-la, consoante os seus ciclos, e a capacidade de conseguir dela produtos de elevadíssima qualidade.
No entanto, antes da adesão à CEE a agricultura portuguesa evidenciava um baixo grau de desenvolvimento: com os produtos portugueses a ter de competir a preços mais baixos do que os até aí existentes, contando com um capital humano e uma estrutura tecnológica claramente em desvantagem em relação aos restantes parceiros europeus.
Recuando até 1962, a Política Agrícola Comum (PAC) europeia pretendeu aumentar a produtividade agrícola, assegurar o abastecimento regular de géneros alimentares, estabilizar o preço dos produtos agrícolas e garantir aos agricultores rendimentos mais justos. Apesar do sucesso desta política em muitos aspetos, esta fez-se acompanhar por efeitos secundários negativos, como os desequilíbrios ambientais – p.e., a sobrexploração da terra e a prática intensiva de cultivo; a criação de excedentes; o excesso de protecionismo aos produtos comunitários; e o aumento do peso no Orçamento da EU das despesas agrícolas.
Paralelamente, fruto de variadíssimos fatores, durante um longo (e excessivo) período, muita desta terra foi ficando ao abandono, com o fenómeno da migração dos centros rurais para os urbanos, procurando mais e melhor condições de vida.
Esta é, porém, uma realidade que se espera ultrapassada. O objetivo é que, atualmente, todos os produtores sejam capazes de sobreviver pelos seus próprios meios, no mercado da UE e no mercado mundial e que o consumidor tenha à sua disposição uma escolha ampla a preços justos.
A solução? Apostar-se na diferenciação, nomeadamente na produção de produtos biológicos e produtos alimentares com certificado de origem e rótulo de qualidade. Atualmente, a agricultura biológica ainda é um nicho em Portugal mas o consumo já é maior que a produção, representando cerca de 20 milhões de euros.
Os agricultores têm necessariamente de se transformar em empresários agrícolas, mais inovadores, empreendedores e dominando as novas tecnologias. A este nível começa já a aparece, com alguma expressão, uma geração mais nova e qualificada, com capacidade e recursos para requalificar o sector, que tradicionalmente tem sido pouco atrativo a esta faixa populacional.
O Centro de Portugal tem a este nível alguns exemplos de excelência, com alguns projeto já premiados, em território nacional e internacional. Desde os tradicionais queijos até às frutas, de oeste a leste de Portugal, proliferam projetos de jovens empreendedores, que trabalham produtos endógenos desta região, nomeadamente, associados à Pera Rocha do Oeste e à Maçã de Alcobaça; à Aguardente da Lourinhã; em Leiria aos tradicionais Queijinhos de Azeite e às Morcelas de Arroz; em Coimbra, o Queijo Rabaçal, e o Mel da Serra da Lousã assumem-se como marcas fortes; na Ria de Aveiro, o Bacalhau é rei e senhor, e os ovos-moles são já uma marca incontornável. Por terras de Viseu, as frutas assumem um lugar proeminente, em especial a Maçã da Beira Alta, bem como a Maçã Bravo de Esmolfe, ou a Vitela de Lafões.
Na Serra da Estrela, uma das nossas marcas mais fortes: o queijo da Serra da Estrela, ou o Cabrito da Beira; e em Castelo Branco e deixe-se maravilhar pelo Queijo Amarelo da Beira Baixa, bem como pelo Cabrito da Beira. Nesta região, também o Azeite se tem assumido e valorizado, como um produto de qualidade acima da média europeia, e que merece, portanto a respetiva valorização.
Azeite, queijo, carne, doçaria tradicional, bacalhau, fruta, (…), são produtos que, pela sua extraordinária qualidade, devem apostar em design, marketing e numa promoção nacional e internacional, que corresponda ao seu valor. Merecem os portugueses que, acima de tudo, sejamos nós mesmos os primeiros a dar valor ao que produzimos! Produzir e vender “a granel”, a investidores estrangeiros, que colocam o produto a preços inflacionados no mercado, adulterando a origem do mesmo, não é, definitivamente o caminho.
Portugal e os Portugueses devem aportar valor, ao que valor têm! Afinal, já diz o velho ditado, “se não gostarmos de nós, quem gostará?”
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