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Nos últimos anos, têm-se verificado no Japão uma enorme quantidade de casos de assédio sexual. Só no ano de 2017, a Polícia de Tóquio identificou, aproximadamente, 2620 crimes sexuais – grande parte dos quais se relacionavam com apalpões em transportes públicos.
Com o objetivo de combater o abuso sexual em locais como os comboios ou os autocarros, a empresa japonesa Schachihata concebeu aquilo que pode ser designado de “dispositivo anti-assédio” – um objeto desenvolvido de forma a carimbar a mão do atacante, sendo a tinta do mesmo apenas visível com recurso à luz negra do dispositivo, permitindo assim identificar o agressor.
No entanto, certas questões têm sido levantadas a propósito deste aparelho, grande parte delas relacionadas com um potencial lucro derivado de "medos legítimos de violação e abusos sexuais": "Apesar dos inventores e produtores destes produtos não serem mal-intencionados, há algo problemático em alguém querer lucrar através dos medos, predominantemente das mulheres, relativamente a violência e abuso sexuais", afirmou Katie Russell, porta-voz da organização Rape Crisis em Inglaterra e no País de Gales, citada pela BBC.
Tendo sido anunciados pela empresa em maio, através de um vídeo que acabaria por se disseminar largamente através das redes sociais, os cerca de 500 exemplares deste aparelho esgotaram num prazo de 30 minutos, avançou à CNN um porta-voz da firma.
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