A escolha da Palavra do Ano 2025 já está nas mãos dos portugueses.

A votação já arrancou esta segunda-feira, na estação de Metro da Trindade, no Porto, marcando o início de uma nova edição da iniciativa promovida pela Porto Editora, em parceria com a Infopédia, que desde há 17 anos elege o vocábulo que melhor reflete o espírito e os acontecimentos de cada ano.

Até 30 de novembro, é possível votar online entre as dez palavras finalistas, selecionadas a partir de mais de 6.500 sugestões enviadas pelo público, das consultas mais frequentes no dicionário da Infopédia e da observação linguística contínua da Porto Editora, que acompanha os temas dominantes nos media e nas redes sociais.

A lista de candidatas deste ano traduz bem a diversidade de preocupações e acontecimentos que marcaram 2025: Agente (IA), pela ascensão da inteligência artificial; Apagão, depois da falha elétrica que paralisou o país; Eleições, num ano de intensa atividade política; Elevador, após o trágico acidente na Glória; Flotilha, em referência à ajuda humanitária a Gaza; Fogos, num dos piores anos de sempre em área ardida; Imigração, tema que marcou o debate público; Moderado, pelas rendas e políticas de habitação; Perceção, que reflete o desalinhamento entre sensação e realidade social; e Tarefeiro, símbolo de um mercado de trabalho cada vez mais precário.

Mais do que um simples exercício linguístico, a Palavra do Ano é — como sublinha a Porto Editora — “um espelho da memória coletiva” que mostra como a língua se adapta à atualidade e às mudanças da sociedade.

O resultado final será conhecido no início de dezembro, quando será revelada a palavra vencedora que sucederá a “liberdade”, eleita em 2024. Entre os anteriores vencedores, destacam-se termos como “professor” (2023), “guerra” (2022), “vacina” (2021) e “saudade” (2020) — uma cronologia que espelha os desafios, emoções e prioridades de cada tempo.