Foram quatro décadas a “comandar” uma das publicações mais carismáticas, no que à moda diz respeito. A - ainda! - líder da revista americana informou os colaboradores que está à procura de um substituto. 

Foi na década de 80 que Anna Wintour entrou aos comandos da Vogue americana. Agora, aos 75 anos, prepara-se para deixar para trás quatro décadas a comandar “as luzes da ribalta”, no que à moda diz respeito.

Apesar de ter anunciado à equipa, nesta quinta-feira, 26 de junho, que deixaria o cargo, a verdade é que Anna Wintour não deixará de continuar presente na Condé Nast – grupo internacional de revistas – e, por consequência, na Vogue. Apenas terá responsabilidades diferentes.

De relembrar que a profissional lutou contra preconceitos e mudou, muitas vezes, a visão que se tinha da moda a nível mundial.

Na sua primeira edição, em novembro de 1988, colocou na capa a modelo israelita Michaela Bercu, vestida com umas calças de ganga. Foi o primeiro passo para a mudança, pois seria a primeira vez que alguém aparecia a vestir jeans na capa da Vogue.

Já em 1992, surpreendeu tudo e todos ao quebrar uma tradição de 100 anos. Deu espaço para que um homem fosse a capa da publicação que, até então, só havia tido mulheres em destaque. A escolha recaiu em Richard Gere, que fotografou ao lado de Cindy Crawford.

Como consequência do sucesso na direção da Vogue, em 2020 tornou-se diretora global de conteúdos da Condé Nast. Desta forma, tem como função ser líder de todos os títulos do grupo a nível mundial, onde se incluem, por exemplo, a Vanity Fair e GQ.

Com o anúncio da saída da Vogue, termina assim, uma era na revista americana, dando espaço para que novas caras da moda se desafiem e possam dar um primeiro passo para o futuro da publicação americana.