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Gladz aprende a andar no mercado internacional
É uma marca própria, e como o próprio nome sugere em inglês (glad), quer tornar mais feliz todos os que há 25 anos trabalham a arte do calçado na fábrica Fernanda Oliveira II de Vila de Cucujães.
Miguel Moreira recebeu-nos com um sorriso aberto no pequeno stand da MICAM, em Milão, onde exibe orgulhosamente os modelos de sapatos femininos da sua marca. A empresa, fundada pelos pais, tem vindo a afirmar-se no universo da produção em regime de “private label”. Hoje conta com 80 trabalhadores com muita experiência no setor. “Sentimos sempre um bocadinho que faltava alguma coisa. Faltava aquele nosso toque, aquelas nossas ideias… gostávamos no fundo de deixar a nossa marca no mercado. Daí nasceu a ideia de criarmos uma marca”, explica o jovem gestor, que acabou por se formar em gestão de empresas porque é preciso continuar a dar corda aos sapatos na indústria familiar.
Uma marca 100% feminista para a felicidade das mulheres
A Gladz dá os primeiros passos no mercado internacional e faz questão de se afirmar feminista. Na comunicação presta sempre um tributo a mulheres que contribuíram para a emancipação da mulher. Figuras como Simone de Beauvoir ou Marie Curie são evocadas para reforçar os valores de: igualdade, oportunidade, segurança, direitos sociais e liberdade.
“Crescemos muito com este tipo de filosofia. As pessoas identificam-se muito, porque as mulheres gostam de ser acarinhadas. É uma marca romântica e carismática”, afirma Miguel Moreira. A marca está a conquistar com o seu design minimalista alguns mercados internacionais como Espanha, França, Alemanha, China, Japão, EUA, Holanda e Grécia.
A presença na MICAM, a mais prestigiada feira de calçado do mundo, já acontece há 3 anos, mas nesta edição de setembro a empresa de Oliveira de Azeméis estreou-se no catálogo “Portuguese Shoes” da APICCAPS: “quando nós vínhamos sozinhos, ficávamos aqui um bocado meio abandonados. Não tínhamos quem nos orientasse, quem nos guiasse. Mesmo a nível de back office, também é bastante diferente porque tratam de tudo. Ao nível da exposição para o mercado externo, o “Portuguese Shoes” tem muita força, e nós abraçámos esse projeto com a APICCAPS e com as outras marcas. Temos uma projeção internacional muito melhor… basta estarmos no catálogo deles e já muita gente nos procurou”, conclui Miguel Moreira.
É preciso sonhar com os pés bem assentes no sapato
Se é certo que Miguel representa uma nova geração de empresários no setor do calçado, também não deixa de ser verdade que, o interesse pela indústria, é cada vez mais forte ao nível dos jovens designers. Mas o gestor deixa um conselho: “as pessoas com esses sonhos devem passar primeiro pela experiência e pela escola, por exemplo, pelo Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado, que lhes dá muitas bases e consegue moldar aquilo que vão ter de desenhar e idealizar. Porque muitas vezes as ideias que têm são bonitas no papel, mas não é aquilo que as pessoas vão conseguir por nos pés!”
A Gladz é uma das histórias de sapatos que a equipa do Imagens de Marca trouxe na bagagem da mais prestigiada feira de calçado do mundo, a MICAM, em Milão. Não perca também a emissão do próximo sábado, 17h40, na SIC Notícias e veja como a APICCAPS está a “dar corda” ao calçado português nos mercados internacionais.
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