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O português Hugo Veiga é diretor criativos da AKQA Brasil, uma agência que viu dois dos trabalhos da agência galardoados com o Grand Prix no Festival de Criatividade Cannes Lions deste ano. A Rivieira Francesa voltou a ser ocupada pela comunidade criativa que se juntou para valorizar a criatividade que fez mexer o mercado. Este ano houve menos inscrições no festival mas não é por isso que ele perde importância junto das agências e das marcas.
Falámos com o português a propósito da prestação da AKQA Brasil no Festival de Cannes.
Nesta edição a AKQA levou para casa dois Grand Prix. As campanhas que brilharam foi a curta-metragem “Bluesman” que alcançou o grande prémio na categoria de Entretenimento na sub categoria de Música.
E na categoria de Media foi a campanha que fizeram para a Nike "Graffiti Stores".
O que é que os trabalhos premiados este ano revelam sobre as tendências na industria?
Se analisarmos os projetos que mais se destacaram, Podemos ver a confirmação que ideias com propósitos sociais e culturais saem na frente em termos de relevância e impacto. Talvez a tendência que marcou esta edição é o pensamento hacker e ousadia de marcas para ultrapassar determinadas barreiras políticas ou até mesmo legais.
Os dois grandes prémios da AKQA reflectem temas atuais assim como tendências, esta será a forma para ganhar o Grand Prix? O que é que estes prémios significam para vocês?
Estar a par das conversas mais importantes do momento e inserir a marca de uma forma pertinente eleva o potencial dos resultados. No entanto, na AKQA, cada projeto é um projeto e nunca seguimos formulas ou guidelines. O foco é em ideias poderosas que nunca foram feitas. Estas podem ser de entretenimento, ou que buscam impacto social ou cultural na sociedade. A conquista de dois Grand Prix com dois projetos diferentes prova para nós mesmo que estamos no caminho certo.
Como olhou para a prestação portuguesa?
Não conheço as peças que foram submetidas e por isso, não posso opinar em profundidade. Podemos achar várias desculpas para este mau resultado, mas a verdade é que faz tempo que não vejo um projeto verdadeiramente inovador ou surpreendente made in Portugal.
Que campanhas gostaria de ter assinado das que chegaram a Grand Prix, ou não?
O Projeto da Volvo E.V.A. foi um dos melhores do ano. Pela sua inovação e generosidade.
Um Leão de Cannes no portefólio de Cannes ainda tem a importância que tinha? Porque considera que este ano houve menos inscrições?
A diminuição de inscrições é o reflexo da reformulação do festival que só permite que cada projeto seja inscrito em 6 categorias e também pela crise económica global. No entanto, Cannes continua a ser o Festival internacional mais respeitado e , apesar dos inúmeros Leões distribuídos, não podemos esquecer que apenas 3% das peças inscritas são premiadas. O critério continua apurado e por isso deve ser valorizado.
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