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É mais conhecida pela criatividade dos sapatos em plástico e pelo compromisso “100% real plastic”, ou seja, não usa matéria-prima de origem animal nos produtos. Mas em Londres, a cidade onde encontrou o diálogo perfeito entre a história e o futuro, onde a moda nasce na rua e onde há sempre espaço para novas expressões artísticas, a Melissa inaugurou há cerca de três anos a flagship store europeia à semelhança das concept stores que tem em São Paulo e em Nova Iorque.
Para além das novidades da estação, a loja de Covent Garden é também um espaço onde a marca se exprime – é verdade que vende sapatos de plástico – mas parece haver no seu ADN toda uma plasticidade que hoje vai muito para além das colaborações artísticas com designers, que resultam em coleções especiais.
De três em três meses, a loja que é também uma Galeria recebe uma nova instalação. Entro e pergunto o que simboliza o vídeo que logo à entrada nos faz viajar para um ambiente futurista, perfeito, feminino e de beleza. Um spa animado em tons fortes que procura seduzir os clientes logo ali. Respondem-me que preferem que faça a imersão por mim própria, que viaje pela Galeria, que procure as próprias respostas e despertar os próprios sentidos. Penso, “logo eu, que por defeito, quero sempre saber o final da história”.
Desço um piso e entro no Salão. Um salão de beleza underground ou como que saído de um filme de ficção cientifica que convida os clientes a entrar num mundo de fantasia.
The Salon de Juno Calypso é uma instalação de arte imersiva que mistura moda, tecnologia, filme e design sobre rituais de beleza e a procura da perfeição num projeto colaborativo com GERIKO. Sento-me, olho à volta, estou eu e as clientes imaginárias, manequins à minha escala que calçam as novidades da nova estação. É neste ambiente que se procura questionar temas como a identidade, a nossa devoção à beleza, o avanço da tecnologia, o momento em que tudo e todos estão mapeados.
E na verdade, sinto o mesmo que lera dias antes na Wallpaper, neste salão consegue-se tudo menos relaxar. Este é um spa que intencionalmente nos provoca, que nos enerva, que não nos torna belas numa selfie, nem tão pouco saímos rejuvenescidas. É no estranho que está a beleza da experiência. Numa era de empowerment no feminino que é também o tempo em que se apagam e se retocam as imperfeições.
Fica a experiência pessoal.
Fica a experiência da marca.
Fica a experiência numa loja física que sabe usar a arte, o talento e naturalmente a tecnologia.
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