AI, tem alguém mais interessante do que eu?

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A opinião de Miguel Caeiro
AI, tem alguém mais interessante do que eu?
6 de Março de 2019
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AI, tem alguém mais interessante do que eu?
Miguel Caeiro
Head of Latam Vidmob

Num futuro sem motoristas, sem médicos, sem advogados, sem professores, sem lojas, sem humanos a cometer erros típicos de humanos e com máquinas e robots a ocuparem a vasta maioria dos postos de trabalho, será que eu tenho futuro?


Para onde quer que nos viremos, lá está ela, a cada vez mais famosa AI (Artificial Intelligence, Inteligência Artificial em Português), o que junto com mais algumas buzzwords do momento como Machine Learning, Big Data, NLP, entre outras, contribuem para que a incerteza sobre algumas áreas do nosso futuro paire no ar.

Mas como essa tal de AI vai determinar quem eu sou, do que gosto, o que penso, o que preciso, ou mesmo do que e de quem eu gosto?

E como com a sua ajuda vamos assistir à tantas e tão radicais mudanças no mundo ao nosso redor?

A evolução dos softwares de Inteligência Artificial, resultado de “mastigarem” quantidades de dados antes inimagináveis, de olharem para o passado, analisarem o presente e projetarem o futuro, através de algoritmos multi-variável que analisam o comportamento humano, suas consequências e alternativas em fracções de segundo, leva a que máquinas, robots e seus derivados tenham comportamentos e performances com bastantes menos erros que os melhores e mais treinados humanos, mesmo em áreas antes pensadas longe desta realidade como médicos, advogados, entre tantos outros.


Ao cruzarmos as ruas de algumas cidades pelo mundo já podemos cruzar com carros sem condutor, ou pelo menos com condução assistida por máquina, levando a uma diminuição radical do numero de infrações, acidentes, desgaste e consumos, ou seja, a realidade já está ai a bater na nossa porta.

Já paramos para pensar que pessoa sou eu aos olhos dessa lente de Inteligência Artificial? Que personalidade tenho? Como me comparo com os meus pares? E quem são os meus pares? Que potencial eu mostro ao mundo? Em que áreas eu tenho hipóteses de ir a jogo? Sendo quem sou, vindo de onde venho, feito o que já fiz, o que me resta de hipóteses para o futuro próximo?

Como passar as diretrizes correctas aos meus filhos? O que lhes digo para focarem e serem muito bons? Em que áreas? Em que skills, em que competências? O que eles precisam de aprender para serem relevantes num futuro que para eles está tão próximo?

Ao lermos os gurus do momento, nomeadamente Yuval Noah Harari, nos seus best sellers Homo Sapiens, Homo Deus ou mais recentemente nas 21 Lições para o Seculo XXI, chocamos com realidades que assustam, fazem pensar, e sem dúvida colocam em causa quase tudo que norteou a nosso vida até hoje.

Óbvio que a vida não se resume a uma perspectiva, por bem escrita e até parcialmente fundamentada como a de Harari, mas existem não só outras perspectivas como outros valores e pensamentos que logo entram em colisão, ou pelo menos complementam essas teorias, quer sejam de ordem religiosa, ética, biológica ou mesmo económica.

Podemos sempre recorrer aos exemplos também explorados por Harari dos dilemas éticos por exemplo na condução de veículos, comparando decisões humanas versus decisões de maquinas alimentadas por AI. Obvio que depende que como e por quem a AI foi “alimentada” para definir o modo como decidirá, bem como no comportamento humando haverá decisões diferentes dependente da origem, religião, contexto, história e valores do condutor. Salvar a própria vida, as vidas no outro veiculo, a da pessoa amada, a do filho bandido versus o policial, etc...

Como humanos que orgulhosamente somos, gostamos de acreditar que nunca seremos, na nossa complexidade, substituíveis por “meras” máquinas. Seja por valores éticos, morais, instintivos ou simplesmente por uma fé vã em que sejamos sempre relevantes.

Mas de uma coisa estou certo, depois de assistir à avalanche tecnológica dos últimos 30/40 anos, o que o futuro nos reserva, nenhum de nós está verdadeiramente preparado.

“AI is likely to be either the best or worst thing to happen to Humanity. “ Stephen Hawking.


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