Semanas antes das entrevistas fomos convidados pela Frize para conhecer a “campanha que nunca aconteceu”. Entre os vários telefonemas que fazíamos com a marca e a agência a versão da história parecia-nos a mesma: “a campanha correu mal”.

Certo é que existe uma campanha, e que esta passa a mensagem que a marca inicialmente passou à agência criativa. Dá a conhecer uma marca aos consumidores reforçando que a água Frize é de origem natural e que nasce em de Vila Flor, no distrito de Bragança.

Quando chegámos aos estúdios da Ameba, em Lisboa, para recolher entrevistas deparámo-nos com a equipa que também protagoniza a campanha e tentámos perceber ao certo o que se passou, e se o que vemos é um ‘mockumentary’ ou se realmente aconteceu.

Os entrevistados falaram-nos das suas dores e os seus receios relativamente à campanha, mas por entre a suspensão da descrença também houve tempo para falar de estratégia de marca e perceber o porquê deste tipo de comunicação mais arrojada e pouco usual no mercado publicitário português.

Filipe Guerreiro é gestor de marketing da Frize e explica-nos que uma marca como a Frize só poderia ter este tipo de comunicação mais arrojada e disruptiva. Ainda com a personagem da campanha vestida, Filipe conta-nos que já tinham espaço de antena, outdoors e páginas web compradas por isso tinham que avançar sem medos com o que trouxeram do terreno.

O que aconteceu em Vila Flor só a equipa é que sabe, mas a campanha está à vista de todos, e a estratégia é discutida na reportagem que pode ver em cima. ‘Mockumentary’ ou realidade deixamos isso ao critério do espectador respeitando o fator “suspensão da descrença” que aplicado a este tipo de publicidade é algo que o mercado português não costuma ver com muita frequência.