A Adecco Portugal identifica a perda de concentração como um novo desafio do trabalho híbrido. Estudos recentes mostram que o tempo médio de foco contínuo tem vindo a diminuir, especialmente em contextos remotos, afetando a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores.

A empresa aponta como principais causas a fragmentação do tempo, o excesso de estímulos digitais e a pressão para responder rapidamente a tarefas e mensagens. De acordo com a sua análise, os profissionais em regime remoto reportam mais distrações, maior cansaço mental e menor capacidade para tarefas complexas.

“A quebra de concentração não é um problema individual, é uma questão estrutural da nova realidade laboral. A atenção plena é hoje um ativo escasso, mas absolutamente crítico para a produtividade e a saúde organizacional”, afirma Vânia Borges, Diretora de Recursos Humanos da Adecco Portugal.

Para mitigar o impacto da quebra de concentração, a Adecco partilha cinco estratégias práticas:

- Trabalhar por blocos de tempo definidos, como a técnica Pomodoro (consiste em trabalhar focado durante 25 minutos e fazer uma pausa curta de 5 minutos, ajudando a manter a concentração e a evitar o cansaço).

- Reduzir distrações digitais, como notificações e abas desnecessárias no computador.

- A ausência de fronteiras físicas entre casa e trabalho deve ser compensada com rotinas que criem transições claras.

- Fazer pausas curtas e regulares para recuperar energia mental.

- Melhorar a qualidade das interações em equipa, com reuniões curtas e objetivas.

A empresa reforça que a produtividade sustentável não se mede em tempo online, mas na capacidade de entrega com foco e equilíbrio. A gestão do tempo e da energia passa a ser vista como uma competência crítica, tanto para profissionais como para organizações que pretendem manter vantagem num ambiente de trabalho em constante mudança.