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A pandemia provocou uma mudança substancial no comportamento do consumidor. Se antes da crise ele era adepto do consumismo desenfreado, agora concentra o seu olhar única e exclusivamente naquilo que realmente necessita. E se o consumidor muda, também a publicidade e a criatividade devem necessariamente fazê-lo.
É isso que nos diz Reza Ramezani, CCO Digital & Data da agência Track, num artigo escrito para a plataforma Horizont. Nesta publicação, são sugeridos seis pontos-chave relativamente à maneira como a indústria se deve adaptar à mudança em tempos de coronavírus:
1. Abraçar a microcriatividade: o coronavírus está a provocar cortes significativos no investimento em publicidade, mas isso não quer dizer que ela tenha de ser necessariamente pior. Em tempos como este, a necessidade aguça o engenho. A criatividade, na sua vertente “micro”, e aparentemente mais modesta, pode chegar rapidamente ao coração e à mente dos consumidores.
2. "Pisar" o ego: a publicidade que se apresenta como excecionalmente “cool” (mas apenas superficialmente) já não basta. Ramezani diz que os criativos deverão pensar em campanhas aparentemente mais “invisíveis”, mas que conectam neste momento mais eficazmente com as necessidades do consumidor, que por estes dias não está disposto a “floreados”.
3. Permitir que os resultados falem por si só: os publicitários devem sair da sua “bolha” e deixar que os anúncios sejam submetidos ao julgamento do público. O mundo lá fora é aquele que deve validar a ideia dos criativos (e não apenas o microcosmos publicitário).
4. Nunca dizer a um cliente a seguinte frase: “Confia em nós, a ideia é boa”. Nenhum publicitário, nem sequer aquele que aparentemente é muito dotado em termos criativos, pode ter 100% de certeza da eficácia das ideias que coloca na mesa. Os testes A/B deveriam fazer parte da rotina de trabalho dos criativos. Reza Ramezani defende que os profissionais da publicidade não são aqueles que decidem se uma ideia é boa ou não. Essa é uma tarefa que compete única e exclusivamente ao consumidor. É ele que tem a última palavra (quer seja do nosso agrado ou não).
5. Não perder de vista o chamado “customer journey”: não é possível desenvolver uma campanha sem compreender adequadamente o caminho feito pelo consumidor de uma marca. As ideias devem estar à mercê do “costurmer journey” e não o inverso.
6. Produzir conteúdo de forma mais rápida e eficiente: nunca foi tão fácil produzir conteúdo de qualidade em formato vídeo. Basta termos um smartphone com uma câmara com um mínimo de qualidade que a criatividade faz o resto. A tecnologia permitiu aos criativos produzir conteúdo com muito mais frequência e com orçamentos bem mais reduzidos. As ferramentas estão disponíveis com facilidade, por isso os publicitários devem ser velozes e eficientes, mais do que nunca.
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