Mas há um grande entusiasmo sobre o metaverso entre investidores e grandes empresas de tecnologia (com destaque para os esforços do Facebook), uma verdadeira obsessão em não ficar para trás, no que muitos consideram ser o futuro da Internet.

Mas afinal, o que é o metaverso? Embora seja difícil encontrar uma definição única para o termo, ele é normalmente utilizado para descrever o conceito de uma iteração futura da Internet, composta por espaços virtuais 3D persistentes e partilhados, vinculados a um universo virtual. O metaverso num sentido mais amplo pode não se referir apenas a mundos virtuais, mas à Internet como um todo, incluindo todo o espectro de realidade aumentada. Podemos pensar no metaverso como a nova imersão digital, muito para além de terminais e ecrãs que nos permitirá reduzir distâncias e ampliar a importância do digital nas nossas vidas.

E, pela primeira vez, muita gente concorda que a tecnologia está quase pronta. Que muito em breve iremos ver muita utilidade no metaverso e surgirão necessidades humanas que hoje nem imaginamos. Em termos práticos, o metaverso está para a realidade virtual como um poderoso smartphone está para telefones móveis desajeitados da década de 1980.

Alguns sinais indicam que é hora das marcas começarem a pensar como se irão posicionar neste ambiente. Pensar em reproduzir formatos repetidos não deve ser o caminho e sim concentrar-se em fornecer valor para impulsionar uma conexão emocional com o seu público. As experiências que podemos criar e a fidelidade à marca que podemos construir são limitadas apenas pela nossa imaginação. Certamente teremos oportunidades para estarmos mais próximos dos clientes, inclusive, em ambientes de atendimento quase privados, espaços para fazer o test drive de um novo carro sem sair de casa, ou talvez fazer compras online e poder experimentar as roupas digitais primeiro e depois fazer o pedido para que cheguem ao mundo real. Cada vez mais a junção de serviço, conteúdo, qualidade e relevância será fundamental para que, mesmo no meio de tantas possibilidades de atenção, haja algum espaço para as marcas.

Pessoalmente, acredito que vamos conhecer, reunir e experimentar coisas de maneiras novas e muito diferentes através do metaverso. Este deve ser o maior disruptor de negócios desta década. Uma economia que representa até 10 vezes o valor total de toda a economia global atual. A oportunidade da publicidade é significativa, mas a oportunidade de experiência tem um potencial excitante. Marcas que estão dispostas a inovar e promover a criação de experiências valiosas na interseção de espaços físicos e virtuais vencerão.