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A Procter & Gamble, companhia norte-americana detentora de marcas como a Gillette, Oral-B e Pantene, vai sofrer algumas mudanças estratégicas nos próximos tempos. o Grupo arrecadou um lucro de 16,5 mil milhões de dólares no último trimestre, valor inferior ao lucro de 16,54 mil milhões em moeda norte-americana previstos. Ainda assim, houve um aumento na receita no valor de 1%.
Mas o lucro líquido da empresa tem caído aproximadamente 14,9% de ano para ano e apesar de tais perdas não terem tido consequências significativas para a empresa, esta continuará a efetuar uma redução de custos ao nível da publicidade, área onde existe um maior potencial para poupar dinheiro, aponta o CEO da P & G, David Taylor. "Economizamos mil milhões de dólares com taxas de agência de publicidade e custos de produção em quatro anos", afirma. Porém, no último trimestre houve um aumento de 4% ao nível dos gastos publicitários.
Foi também anunciado um aumento dos preços dos produtos da empresa a partir de outubro, que afetará todas as suas marcas. É esperado um aumento de 5% dos preços nas marcas Bounty, Charmin e Puffs e de 4% nos preços da Pampers, na qual tal medida está já em curso. Porém, esta decisão não foi tomada apenas pela Procter & Gamble: outras empresas de produtos de consumo, como a sua rival Colgate Palmolive, também irão sofrer um aumento dos seus preços.
Mas, como avança o WARC, tal subida dos preços por parte da P&G pode resultar numa diminuição dos clientes da marca, correndo esta o risco de ser ultrapassada pelos seus principais concorrentes.
Porém, os executivos do Grupo apresentam uma estratégia bem definida para que tal seja evitado: através de uma aposta em produtos melhorados, numa forte procura destes motivada por um forte rendimento das famílias e um aumento dos gastos em junho, bem como num marketing inteligente.
"Estamos a implementar um modelo de correção e fluxo, reduzindo o número de agências em retenção e fluindo recursos criativos para dentro e para fora", afirma Taylor sobre as relações da sua empresa com a agência. "Isso não só economizou dinheiro, como levou a um trabalho melhor e mais rápido".
Esta operação, denominada “People First”, possibilitou que a Procter & Gamble começasse a fazer menos anúncios distintos, embora estes terem passado a estar disponíveis a um maior número de clientes.
Por fim, é de salientar que a marca, neste momento, vê na China uma boa forma de se aproximar de um maior número de consumidores. Num país onde os gastos que a empresa tem com conteúdos mediáticos equivale a um total de 70% e onde 30% das vendas provém do comércio eletrónico, as medidas estratégicas anteriormente apresentadas provavelmente também serão adotadas.
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