Foi com otimismo que Adolfo Mesquita Nunes pintou a conjuntura socioeconómica atual. “Os Estados Unidos inventam, a China copia e a Europa regula.” – é um ditado relativamente recente. Para ajudar a ilustrá-lo e a explicar o conceito do livre comércio o orador recorreu a uma teoria de “sandes mista” para explicar que praticamente em qualquer parte do mundo uma sandes mista custa cerca de 3€ em vez de mais de mil euros, que é o preço que realmente custa a produzir. Esta foi uma das conclusões retiradas da APED Retail Summit que está a decorrer entre hoje e amanhã no Museu do Oriente, em Lisboa.

Esta iniciativa Bienal da APED tem como principal objetivo discutir o futuro do setor do retalho e os seus principais desafios. A parte da manhã contou com um discurso de Jorge Jordão, presidente da APED, e com uma intervenção do Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira que mostrou toda a disponibilidade do executivo de António Costa em apoiar a evolução deste setor e que revelou o muito que anda a ser feito pelo tecido empresarial português.

Mesquita Nunes referiu ainda que atribui o sucesso turístico de Portugal à promoção que está a ser feita. Atribui o seu sucesso à Big Data e a esses anúncios fugirem do tradicional e serem melhor targetizados. Mas quanto a este assunto já não mantém o seu otimismo inicial os algoritmos não são melhores que a qualidade humana que é a que corrige as desigualdades, apesar da maioria querer boas decisões para o mundo empresarial, sejam escolha políticas ou de consumo.

Neste painel, falou-se da “Nova (Des)ordem Mundial”.