Hoje ele é o nosso orgulho, é nele que depositamos todas as esperanças, sonhos e olhamos para ele como uma inspiração e um exemplo a seguir, mas nem sempre foi assim.

Lembro-me de há uns anos, quando o CR7 ganhava as bolas de ouro, quando era designado o melhor do mundo e nós, em Portugal, olhávamos para ele de lado. Uns aplaudiam, mas a grande maioria até falava menos bem dele, ou porque era vaidoso, ou porque criou a sua própria marca e abria lojas com as irmãs, ou por isto ou por aquilo e eu voltei a confirmar um sentimento de desdém para com os nossos.

Cristiano só foi reconhecido por todos nós quando ganhámos o Europeu de Futebol, mas muito antes, nós já o devíamos ter reconhecido.

Nós só damos valor quando os nossos ganham prémios lá fora, quando são reconhecidos a nível internacional e só depois disso aceitamos como exemplos para nós e como bandeiras de Portugal.

Devia ser ao contrário: nós devemos ser os primeiros a aplaudir os nossos, a dar relevo ao seu valor e a reconhecer que somos bons, que também temos boas marcas pessoais e que levam o nosso país ao mundo.

E vender o nosso Portugal através deles e não só após o mundo os ter descoberto.

Eu senti isto na minha vida profissional enquanto empreendedora e sei quanta resiliência, trabalho afincado, foco, dedicação, e capacidade de acreditar, o Cristiano e tantos outros têm de todos os dias dar provas para mostrar que somos bons e que somos Portugal.

Está na hora de mudarmos o nosso comportamento, somos um povo lutador, aventureiro, dedicado, temos séculos de história e está na hora de acreditarmos em nós e sermos os primeiros a apoiar os nossos.

Porque a marca Cristiano Ronaldo é Portugal e nós somos Portugal!