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Desde há cerca de dois anos que não há debate, conferência, artigo ou seminário, qualquer que seja o sector de atividade, em que a Inteligência Artificial (IA) não constitua o foco central da temática de discussão.
Mas isto será uma nova moda da tecnologia (um hype na terminologia anglo-saxónica) ou algo que terá de ser tomado muito a sério?
Sem qualquer discussão possível, certa é a segunda hipótese, mas porquê?
A IA não é mais ficção científica, mas um facto científico, senão vejamos:
- Chatbots e assistentes virtuais atendem automaticamente os nossos telefonemas, respondem às nossas questões e executam algumas tarefas;
- Modelos de linguagem natural, como o ChatGPT/OpenAI e o Gemini/Google, de entre tantos outros, quando por nós questionados por texto ou voz, dão-nos respostas lógicas, criam textos, imagens, vídeos inovadores, facilitando o nosso trabalho;
- Algoritmos de Machine Learning e Deep Learning, detetam padrões comportamentais, efectuam previsões, simulam decisões e estão presentes em todas as redes sociais, interpretando os gostos dos utilizadores, fornecendo informação coerente com as suas preferências;
- A IA apoia a investigação e a descoberta de novos medicamentos e vacinas e tem um papel relevante na interpretação da imagiologia médica;
- Aplicativos de rotas, dão-nos indicações sobre os melhores percursos a seguir, em tempo real, atendendo às condições de tráfego do momento;
- Brain-computer interfaces, começam a ser aplicados e a suprir algumas carências humanas inatas ou como consequência de acidentes;
- Os nossos telemóveis inteligentes fazem a leitura da nossa íris, reconhecendo-nos.
Estes constituem somente alguns exemplos, de entre muitos outros, em que a IA já assume um papel relevante.
A IA tem vindo a penetrar em diversas áreas de atividade, na área financeira, prevendo e diminuindo o risco de fraude e a evolução dos mercados; na indústria, a emergente 4ª Revolução Industrial, cria fábricas inteligentes e dá os primeiros passos no desenvolvimento de veículos autónomos; na medicina, possibilita intervenções cirúrgicas robóticas assistidas e permite o desenvolvimento de medicamentos ajustados ao ADN de cada pessoa; no ensino e na investigação, vai permitir a elaboração de programas de estudo personalizados e individualizados.
Facilmente se conclui, então, que tudo isto estará ao serviço do Ser Humano, desde que ele constitua o foco central de desenvolvimento empoderando-o, aumentando as suas capacidades de interpretação e atuação, na medida em que se estabeleçam novas formas de trabalho colaborativas – Homem-Máquina – que apoiem a criação de novas sociedades e que sejam preservadas as questões de privacidade, igualdade, inclusão, respeito pela propriedade intelectual.
Em tudo na vida, há os otimistas e os profetas da desgraça. Cremos que à semelhança das anteriores revoluções industriais, certo que será criado desemprego, mas também muitas novas funções e oportunidades de realização pessoal, profissional e empresarial, desde que os governos, as empresas e as pessoas, encarem esta nova revolução disruptiva, como um investimento num novo desafio ao progresso da economia e da sociedade.
Nós somos otimistas. Nós acreditamos na Inteligência Artificial para o Bem.
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