Newsletter
Pesquisa
Faça parte do futuro do Imagens de Marca
O rigor, a relevância e a criatividade estão
presentes nos conteúdos que disponibilizamos sem restrições, porque o
jornalismo é um veículo fundamental para a economia do país.
Apoie a missão de empoderamento das marcas,
das empresas e das pessoas: faça parte da nossa comunidade.
Nos
últimos dias não tenho conseguido largar as televisões, o Twitter e qualquer
tipo de meio de comunicação para saber sobre a guerra na Ucrânia.
Confesso que ia ver o canal RT para entender a narrativa russa
e no meu ver foi um erro cancelar a propaganda russa, sendo isso o que as ditaduras
fazem. Colocando este facto à parte, concordo com o estrangulamento de Putin e
dos seus oligarcas, mas temo que isso ainda vá enfurecer mais os alucinados.
Olhando para as marcas e os negócios que estavam implantados
na Rússia, é “bonito” ver que estão a apoiar o boicote, a mudarem os seus logos
e a declararem o apoio à Ucrânia… mas pensemos um bocado sobre a ética dessas
mesmas empresas.
Por que razão há negócios entre democracias e ditaduras? Quando
uma empresa de um país livre e democrático equaciona expandir-se ou negociar
com a Rússia, alguém questiona a ética deste movimento? Não, porque o dinheiro sempre
falou mais alto.
Há uma corrente de iluminados que julga conseguir subjugar
as ditaduras à pressão do capitalismo e que isso terá como consequência a
conversão dos países em democracias, mas como podemos assistir na China, a
capitalismo feroz daquele país não impede que os chineses vivam um pesadelo sem
liberdade.
Em tempos recusei uma oferta muito sedutora de emprego em
Moscovo. As condições e o dinheiro eram irrecusáveis e seria hoje alguém com
uma vida muito folgada. No entanto recusei. E recusei exactamente por acreditar
que iria ser conivente com um modo de vida com o qual não me revejo, pois fui
logo avisado que teria de seguir “algumas regras”… Ora, em relação às grandes
empresas que foram para a Rússia, querem-me fazer acreditar que não sabiam de
que se tratava de uma ditadura? Claro que sabiam.
Todos nós sabíamos.
Assim, peço aos meus colegas de marketing que revejam as
vossas comunicações e estratégias, e revejam a forma como dizem ao mundo que
apoiam a Ucrânia. Pelo menos, reconheçam que erraram e foram atrás do dinheiro,
deixando de lado qualquer ética.
Artigos Relacionados
A carregar...
fechar
O melhor do jornalismo especializado levado até si. Acompanhe as notícias do mundo das marcas que ditam as tendências do dia-a-dia.
Fique a par das iniciativas da nossa comunidade: eventos, formações e as séries do nosso canal oficial, o Brands Channel.