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Antes de a Covid-19 entrar em cena, as marcas conseguiam, de alguma forma, caracterizar o comportamento dos seus diferentes segmentos de público-alvo com base em variáveis como a idade, o sexo e os rendimentos. A pandemia veio, no entanto, alterar os “velhos” manuais de marketing pelos quais as marcas se reagiam. Como será então este consumidor que emerge desta pandemia?

A crise vai fazer-se notar no bolso do consumidor nos próximos anos, mas as finanças não serão o único aspeto que vai determinar o seu comportamento no futuro. A resposta emocional a este contexto terá também um papel essencial. Tendo em conta as mudanças psicológicas provocadas pela Covid-19, a agência VCCP identificou num recente estudo no Reino Unido, e do qual o Marketing Directo faz eco, as 5 tribos de consumidores que existirão na era pós-coronavírus:

1. Gastadores por vingança

Neste grupo enquadram-se todos os consumidores que, desejosos de recuperar o tempo e as experiências perdidas durante a pandemia, irão gastar todas as suas poupanças como se não houvesse amanhã, quando o Covid-19 começar a ser apenas uma triste recordação do passado.

2. Poupadores

Nesta categoria estão descritos os consumidores que têm muito dinheiro para gastar, mas que se mostram receosos em fazê-lo por causa da austeridade que potencialmente aparecerá no seu horizonte.

3. «Resetters»

Estes consumidores estão decididos a olhar mais além do coronavírus para implementar mudanças nas suas próprias vidas, que se cruzam, de alguma maneira, com temas como a sustentabilidade e as alterações climáticas.

4. Caçadores de recompensas

Este grupo pode não ter um grande colchão financeiro, mas está decidido a viver a vida ao máximo quando a pandemia terminar.

5. Consumidores em fase de recuperação

Os consumidores desta categoria já tinham dificuldades económicas antes da crise do coronavírus e agora, por terem sido atingidos pelo desemprego e pela perda de oportunidades, enfrentam um futuro que não parece ser muito promissor.