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Além da saúde pública e das crises geopolíticas, a inflação tem sido uma constante nos últimos anos.
No final de 2024, tinha descido para 2,4% em Portugal, não muito longe da marca simbólica dos 2% que o Banco Central Europeu considera indicar para a estabilidade de preços na União Europeia. Neste sentido, o recente estudo do Observador Cetelem procurou traçar um quadro sobre os consumidores na Europa.
Segundo o estudo, e apesar da diminuição da inflação, a maioria dos portugueses (61%) continua a percecionar um aumento significativo dos preços, com 43% a afirmar que sentiu o seu poder de compra diminuir nos últimos 12 meses, menos 15% do que no ano passado.
Ainda assim, os portugueses são os inquiridos da Europa que mais revelam ter / rendimentos insuficientes (77%), com 59% dos inquiridos a afirmar que não conseguem fazer face às suas necessidades básicas, mas que desenvolvem estratégias que lhes permitem dar resposta a esse desafio.
Em Portugal, tal como em França, 18% dos inquiridos afirmam mesmo não ganhar o suficiente para satisfazer as suas necessidades básicas, o que quase equivale à percentagem de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza.
Talvez por isso, quando questionados sobre qual seria a primeira coisa que fariam se recebessem uma soma inesperada de dinheiro, 84% dos portugueses afirmou que pouparia, com apenas 16% a revelar a intenção de o gastar.
O relatório revela ainda que, em Portugal, as intenções de poupança são de 65% (10 pontos acima da média europeia). Este dado posiciona o país no top 3 de países que pretende poupar mais, ao lado da Roménia e do Reino Unido, e confirma a tendência de se reservar algum dinheiro.
Os valores de intenção de poupança atingem “apenas” 43% em França e 47% na Bélgica, os únicos países com um resultado inferior a 50%. Quando questionados sobre se em 2025 pretendem gastar mais dinheiro do que no ano passado, apenas 39% dos portugueses diz que sim, uma redução significativa face aos 48% registados em 2024.
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