Nota da direção editorial:

O jornalismo positivo nunca foi tão importante para a economia do país. Apoie a produção dos nossos conteúdos tornando-se membro ou subscritor da nossa comunidade.

Faça parte de uma causa de empoderamento das marcas, das empresas e das pessoas que nelas trabalham.

Além dos desafios que surgem num mercado em constante mudança, de um consumidor cada vez mais exigente e, naturalmente, de uma pandemia com uma evolução imprevisível, as marcas devem fazer frente à crise de confiança que por estes dias a sociedade vive. Algo que é comprovado por um estudo da Havas: os consumidores apenas confiam em 22% das marcas.

Apesar desta situação difícil, as marcas têm uma oportunidade para recuperar a confiança do consumidor através de novos vínculos. Num artigo publicado pela Adweek, Frank Catapano, cofundador e sócio diretor da Reach Agency, sugere 5 formas de as marcas conseguirem conectar-se novamente com o seu público. Apresentamos-lhe de seguida as ideias principais:

1. Abraçar os valores da marca

O primeiro conselho passa por se fazer uma segmentação baseada em valores e não em dados demográficos. Os consumidores de hoje são movidos por valores e ética, que consideram essenciais na construção e manutenção da confiança numa marca. Portanto, as marcas devem abraçar os seus valores e demonstrá-los tanto na sua publicidade como nas suas ações. Comunicar os seus valores não significa fomentar a divisão, mas sim trabalhar com pessoas que pensam da mesma forma para atingir objetivos comuns.

2. Encontrar a sua comunidade de confiança e comprometer-se

As marcas podem encontrar as suas próprias comunidades confiáveis, sem se limitarem a apenas uma. Pertencer a estas comunidades exige um compromisso através de ações e recursos que farão dessas comunidades verdadeiras defensoras da marca. Nesse sentido, a autenticidade torna-se crucial.

3. Associação com influencers

A terceira forma de aumentar a confiança da sua comunidade é apostar nos influenciadores. As marcas podem envolver-se com influenciadores que impulsionam comunidades baseadas em valores. As parcerias com influenciadores incentivam as comunidades a se envolverem com a marca, que ganha desta forma atenção mediática e confiança em simultâneo. De realçar que 71% dos consumidores tem maior probabilidade de fazer compras com base nas referências das redes sociais do que na publicidade tradicional, afirma Catapano.

4. Conhecer a linguagem que gera confiança

O vídeo tornou-se no principal formato para construir confiança, seguido pelo áudio, imagens e texto. Ainda que os meios permaneçam estáticos, as linguagens para mostrar confiança variam. 61% dos americanos acredita que a forma como uma empresa trata os seus funcionários é importante, mas esta métrica é ainda mais importante para os 14 milhões de americanos que perderam seus empregos recentemente. Os consumidores mais jovens podem dar prioridade à linguagem de confiança do ativista, como aconteceu com a publicação viral da  Ben & Jerry sobre o "desmantelamento da supremacia branca".

5. Confiar para que confiem

“A vulnerabilidade é a linguagem de confiança definitiva”, refere Frank Catapano. Embora seja necessário haver cautela, às vezes a seleção excessiva de palavras e o recurso a anúncios produzidos de forma perfeita podem chegar a diminuir a confiança. Um bom exemplo é o da Zara, marca que pediu às modelos para se fotografarem nas suas próprias habitações, um movimento que exigiu muita confiança e que foi elogiado pela imprensa e pelos fãs.