Numa altura em que os veículos elétricos têm vindo a ganhar uma maior expressão no contexto da sociedade portuguesa, as próprias empresas começam a vê-los como uma opção para a sua frota. Um estudo realizado pelo Standvirtual e pela Marktest mostram que 40% das frotas empresariais já tem pelo menos um automóvel desta tipologia.

De acordo com o estudo, 31% das empresas portuguesas tem intenções de adicionar automóveis elétricos à sua frota, sendo que 25% das mesmas pretende fazê-lo já nos próximos cinco anos. “Impulsionada pela pandemia, esta é uma tendência que tem vindo a aumentar nos últimos anos”, esclarece o Standvirtual, no comunicado enviado às redações. No entanto, a representatividade de carros elétricos nas frotas mantém-se apenas entre os 1% e os 10%.

Entre as principais vantagens associadas à compra deste tipo de veículos, as empresas destacam os baixos consumos (52%) e a redução de emissões de carbono (41%). No entanto, os benefícios fiscais (32%), a diminuição de custos de combustível (20%) e os reduzidos custos de manutenção (14%) motivam também as organizações a apostar nos automóveis elétricos.

Relativamente aos motivos que levam os gestores de frota a considerarem esta mudança, a autonomia dos automóveis (30%) apresenta-se como o principal fator que leva à apostas nos carros elétricos. Seguem-se os menores custos de energia (20%), assim como os benefícios fiscais e necessidade de renovar as frotas (11% em ambos os casos).

A ansiedade com a autonomia das baterias (74%), a falta de infraestruturas (26%), o custo inicial de aquisição (24%) e o tempo de carregamento (21%) são, contrariamente, algumas das desvantagens fundamentais associadas aos automóveis elétricos, na ótica das empresas.

O estudo revela ainda que a “Renault é a marca com maior notoriedade ao nível dos carros elétricos, seguida pela Tesla e pela Nissan”. Apesar disso, regista-se uma preferência dos gestores de frota pela aquisição de automóveis da Renault (60%), Nissan (43%) e BMW (27%).