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O coronavírus mudou drasticamente o nosso quotidiano e provavelmente o mundo vai ser diferente depois desta crise.
Um novo relatório realizado pela WGSN, especializada em estudos de tendências, e destacado pela WARC – World Advertising Research Center – aponta três correntes que estão a alterar a sociedade, os negócios e a economia durante a pandemia de Covid-19. Ei-las de seguida:
Ansiedade e medo - A população sempre foi ansiosa relativamente ao seu presente e futuro ainda antes do surgimento do novo coronavírus, mas, quer ao nível da saúde, quer ao nível da economia, a crise acelerou estes estados emocionais. Como resposta, as marcas devem optar por utilizar um tom tranquilo na comunicação.
Segundo o relatório, as pessoas vão estar numa espécie de “survival mode”, o que irá fazer com que “os consumidores optem mais por produtos com atributos que dão uma sensação de segurança e proteção”. Esta é uma tendência com várias camadas, que combina o desejo por transparência com o desejo por produtos que não ponham em causa a sustentabilidade financeira num tempo de grande incerteza.
Entretanto, para as marcas, está a tornar-se cada vez mais importante aparecerem em tempos de crise. Por um lado, esta decisão é simples – há que apoiar os trabalhadores – mas também complexo – existe o risco de a marca ser vista como uma oportunista: o tom de comunicação é aqui crucial, tal como a própria ação, afirma o relatório.
Digitalização - À medida que os governos vão ordenando o isolamento social, as expectativas de quem trabalha em serviços digitais cresceram um pouco por todo o mundo de um modo que não será revertido depois da pior fase da crise passar. “O crescente isolamento em casa e a incerteza económica significam que há uma menor procura por novos produtos. Isto apresenta-se como uma oportunidade para as marcas entreterem e criar uma sensação de normalidade através de produtos digitais”.
O trabalho e a vida são agora mediados por serviços virtuais: as videoconferências para reuniões e festas são agora uma necessidade. De tal forma que isso irá desembocar numa tendência mais ampla em direção a espaços de co-working virtuais. Eventos internacionais em larga escala provavelmente serão substituídos por novas soluções, provavelmente digitais. O acesso aos cuidados de saúde primários provavelmente será também feito através dos canais digitais.
Isolamento emocional - O auto-isolamento irá levar os consumidores a um grande isolamento emocional. “A bondade tornar-se-á novamente numa moeda por si só, à medida que as marcas recompensam e reforçam positivamente os atos de bondade e solidariedade, e os consumidores procuram colmatar o sentimento de culpa de uma compra através de doações e atos de caridade.”
Enquanto a ideia de se “gastar melhor o tempo” ganha cada vez mais força, o foco será também cada vez maior na família. Vamos assistir a uma parentalidade cada vez mais partilhada, pois muitas famílias terão os dois pais a trabalhar em casa e eles terão que equilibrar estes dois lados da vida. Juntamente com a crescente virtualização, será mais frequentemente trabalhar a partir de casa ou perto de casa e, por isso, a ideia de “bairrismo” vai crescer, o que será um importante fator de compra.
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