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Os processos de mudança são, por norma, duros e longos, sendo que apenas 27% das organizações conseguem comunicar de forma clara e consistente durante esse processo.
Num mundo marcado por rápidas transformações tecnológicas, instabilidade global e novas exigências sociais e ambientais, esta estatística revela um problema crítico: são várias as empresas que não conseguem alinhar “intenção” e “ação”. Adaptar processos ou modelos de negócio não basta - a comunicação deve acompanhar cada passo da transformação.
O Índice de Preparação para a Transformação 2025 da PROI Worldwide confirma que a lacuna entre estratégia e implementação está ligada sobretudo à comunicação. Sem planeamento desde o início, da falta de alinhamento entre direção, gestores intermédios e existência de canais claros de diálogo emergem a resistência interna e a perda de confiança.
A comunicação eficaz implica a criação de narrativas coerentes que envolvam todos os públicos da organização, o que faz da mudança uma experiência partilhada. Requer também um esforço consistente de planeamento e a existência de mecanismos de feedback, que assegurem escuta ativa e adaptação permanente.
O estudo revela ainda que apenas 56% das empresas revê regularmente os seus esforços comunicativos, e 52% recorre a métricas e análises de dados para avaliar resultados. Ferramentas de feedback, como inquéritos ou formulários, são utilizadas de maneira consistente por apenas 50% das organizações, limitando a capacidade de ajustar mensagens em tempo real e reduzir riscos.
Mas comunicar não é apenas transmitir informação. Trata-se de construir confiança! A forma como líderes e equipas partilham mensagens influência perceções e desbloqueia resistências. Organizações que integram processos regulares de escuta antecipam desafios e ajustam estratégias antes que os problemas se agravem. Mais do que gerir informação, há que criar espaços de participação e de reforçar a sensação de pertença.
O sucesso da transformação depende ainda da capacidade de traduzir objetivos estratégicos em ações objetivas e claras. Mensagens consistentes e adaptadas a diferentes públicos permitem que líderes e equipas avancem de forma alinhada. A comunicação eficaz consolida a mudança como parte da cultura organizacional e transforma a adaptação contínua numa competência coletiva e numa vantagem competitiva.
Quando a comunicação deixa de ser acessória e passa a ser uma prioridade estratégica, torna-se alavanca para consolidar mudanças e fortalecer relações. A liderança assume aqui um papel essencial: inspirar confiança, alinhar discurso e ação, e sustentar narrativas que conectem todos os níveis da organização.
A transformação não se impõe, constrói-se com clareza e escuta ativa.
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