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As investigações sugerem que a monitorização online pode ser
outra forma de exercer um controlo coercivo nas relações íntimas.
Um estudo da Kaspersky, empresa especializada cibersegurança e
privacidade digital, concluiu ainda que, a 6% dos inquiridos a nível
nacional, já foi pedida a instalação de uma aplicação de
monitorização por parte do seu parceiro. Lamentavelmente, 15%
destas pessoas já passaram por alguma forma de violência ou abuso
por parte do seu parceiro.
Embora
a maioria dos inquiridos portugueses deste estudo (81%) não
acredite que seja aceitável monitorizar o seu parceiro sem
consentimento, 11% não vê qualquer problema, e considera-o
aceitável em algumas circunstâncias.
“Uma
vez que o stalkerware é um software comercialmente disponível
que se esconde num dispositivo e fornece acesso a uma série de dados
pessoais, como por exemplo a localização do dispositivo, histórico,
mensagens de texto ou conversas nas redes sociais, não surpreende
que possa servir como ferramenta em relações abusivas.” - refere
a Kaspersky.
A
investigação também destaca a ignorância generalizada entre a
população sobre o que é e o que implica o stalkerware. Em
Portugal, mais de metade dos inquiridos (55%) não sabem o que é um
stalkerware, também conhecido como spouseware, e que se refere ao
tipo de spyware que pode ser instalado no telemóvel de um parceiro e
utilizado para monitorizar os seus movimentos. Aqueles que são mais
conhecedores da tecnologia, estão conscientes de que este tipo de
software pode monitorizar a atividade da Internet (64%), gravar a
localização (64%) e fazer gravações de vídeo e áudio. Mas menos
de metade dos portugueses estão conscientes de que também podem
aceder às palavras-passe (31%), alertar o agressor se uma vítima
tentar desinstalar o stalkerware (27%) ou enviar uma notificação
quando o utilizador chega a casa (30%).
Vanessa
Gonzalez, diretora de comunicação da Kaspersky Ibéria, comenta
que: “As conclusões do nosso estudo demonstram bem como estas
ferramentas e plataformas, e o fenómeno do stalkerware em geral, são
desconhecidos por grande parte da sociedade, demonstrando a
importância e urgência em sensibilizar os indivíduos para estes
temas, consciencializando-os dos perigos e partilhando formas de se
manterem seguros. Estamos muito felizes por festejar este 2º
aniversário da Coligação contra o Stalkerware, e verificar que o
nosso trabalho é essencial para promover e apoiar a segurança
digital das pessoas.
Na
sequência dos critérios de deteção da Coligação contra o
Stalkerware, a Kaspersky analisou os dados e revelou quantos dos seus
utilizadores foram afetados por stalkerware nos primeiros 10 meses do
ano: de janeiro a outubro de 2021, quase 28 mil utilizadores foram
afetados por esta ameaça a nível mundial. Durante o mesmo período,
registaram-se mais de 3.100 casos na União Europeia e mais de 2.300
utilizadores na América do Norte, explica a empresa.
De
acordo com números da Kaspersky, a Rússia, o Brasil e os EUA
continuam a ser os três países líderes no ranking dos mais
afetados a nível mundial. Na Europa, o panorama não mudou:
Alemanha, Itália e Reino Unido são os três países mais afetados,
respetivamente.
No
caso de Portugal, o país situa-se em 12º lugar no ranking da UE e
em 57º a nível internacional, tendo sido contabilizados 62
utilizadores afetados por stalkerware entre janeiro e outubro deste
ano.
Para
os utilizadores que suspeitem que possam ser afetados ou que estejam
a ser atingidos por stalkerware, a Kaspersky recomenda:
• Não se apressar a remover o stalkerware se este for
encontrado no dispositivo, pois o agressor poderá reparar. É muito
importante considerar que o agressor pode constituir um potencial
risco de segurança. Em alguns casos, pode até agravar os seus
comportamentos abusivos como resposta à deteção.
• Contactar as autoridades locais e organizações que apoiam as
vítimas de violência doméstica para obter ajuda e planear a sua
segurança. Pode encontrar uma lista de organizações em vários
países em stopstalkerware.org/pt/;
• Assistir ao vídeo “Coalition Against Stalkerware” e ficar
a saber como se proteger. Está disponível em inglês, alemão,
espanhol, francês, italiano e português. Há também uma página
dedicada às vítimas e sobreviventes sobre a deteção, remoção e
prevenção de stalkerware;
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