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“A coisa mais bonita que podemos experimentar é o misterioso. Essa é a fonte de toda a arte e ciência verdadeiras”, afirmou um dos cientistas mais reconhecidos do mundo. Mas qual é a relação entre Albert Einstein e o Metaverso? Einstein era um questionador, usou o seu tempo e o espaço que tinha para perguntar, pesquisar, investigar e oferecer respostas. Numa análise histórica, podemos dizer que transformou o que se sabia sobre o mundo à sua volta e provou para os mais céticos que essa nova realidade fazia sentido.
Quando nos debruçamos sobre o Metaverso, surgem mais perguntas do que respostas. Assim como Einstein, faz-nos questionar a realidade como a conhecemos, bem como as nossas possibilidades de tempo e espaço. O Metaverso permite que estejamos ao mesmo tempo em dois espaços diferentes, um físico e outro virtual, rompendo com as regras de presença que conhecíamos até agora. Amplia a nossa possibilidade de vida e é de uma genialidade que só o tempo, noutro espaço, pode contar. E, qual é o marketeer que não quer explorar realidades alternativas, para se tornar um participante nas suas próprias narrativas?
“O importante é não parar de questionar”, e o Metaverso exige que se reimagine as experiências de marca, representando uma oportunidade para se criarem experiências mais imersivas e profundas, com forte ligação emocional com os consumidores, na procura incessante de novas estratégias, novos canais e novas respostas.
O investimento em muitos milhões de dólares confirma o potencial do Metaverso, e é um indicador da próxima fase do desenvolvimento da economia da atenção, particularmente na indústria de gaming, onde as pessoas têm investido tempo, atenção e dinheiro em produtos digitais. Um potencial que se constrói com as marcas de setores predominantes da moda e beleza. Gucci, Nike, Tommy Hilfiger, L'Occitane Group, Fenty (Rhianna) têm investido em ações “phygital”, que combinam elementos físicos e digitais, com novas experiências no espaço Web3, para melhorar a jornada do consumidor. O novo ‘Luxo Phygital’ abrange diversas áreas, incluindo sistemas gémeos digitais (digital twins), experiências token-gated e tecnologias NFC, e mostra a opção das marcas, cada vez mais focadas em fornecer valor através de tecnologias como blockchain, realidade virtual, realidade aumentada, criptomoedas e inteligência artificial.
Numa transformação extraordinária, o Metaverso permite dar resposta aos apelos dos consumidores, que se conectam para ter acesso a um produto físico ou para fazer parte de uma comunidade, alinhados com os valores de uma marca comprometida com maior transparência.
Associado como local da moda digital, com os NFTs phygitais a gerar valor real, muitas vezes associados a produtos físicos, o Metaverso é mais do que isso. Afirma-se cada vez mais, como um espaço de cocriação aberto, em que todos podem contribuir, quer sejam creators, profissionais de marketing, designers de moda ou pessoas que gostam de experiências sociais, e onde as marcas mais tradicionais terão também espaço para abraçar o conceito.
A integração da IA no Metaverso veio mudar a estratégia. Não é apenas uma tendência, mas precursor de um novo paradigma, em que os mundos físico e digital se conjugam para criar experiências imersivas e participativas onde os consumidores são capacitados e as marcas reinventadas. O Metaverso continua muito vivo, e à medida que o hype diminui, as tecnologias subjacentes continuam a evoluir, proporcionando de forma mais racional e robusta, oportunidades para ter as marcas certas, das formas certas, num Metaverso mais completo no futuro.
E, esta rápida evolução, provavelmente irá beneficiar todos os aspetos da sociedade – educação, saúde, jogos e entretenimento, artes e vida social e cívica, com impacto na forma como vivemos, trabalhamos e nos divertimos.
Uma evolução que sugere que o Metaverso não está morto, pelo contrário, está a evoluir e a amadurecer, prevendo-se que possa ser “o futuro da Internet” ou “o próximo campo de batalha da Internet”.
À medida que o Metaverso se torna mais acessível e revoluciona quase todos os aspetos das nossas vidas, as marcas, as entidades e governos devem considerar o seu papel nesta nova fronteira, e adaptar-se a esta nova realidade para resolver complexos desafios globais.
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