Efeito Trump: a nova era das marcas

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A opinião de Alberto Rui Pereira
Efeito Trump: a nova era das marcas
29 de Janeiro de 2025
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Efeito Trump: a nova era das marcas
Alberto Rui Pereira
CEO IPG Mediabrands Portugal
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Donald Trump assumiu a presidência dos EUA para um segundo mandato e, desta vez, o impacto nos setores dos media e da publicidade poderá ser significativamente mais profundo. Desde a candidatura de Trump em 2016 que a sua relação com os meios de comunicação social tem sido caracterizada por uma combinação de sinergias e conflitos. As suas atitudes controversas atraíram rapidamente a atenção dos media gerando um fluxo intenso de notícias. No entanto, os esforços da sua administração para deslegitimar informação crítica e o relacionamento tempestuoso com a imprensa fizeram soar os alarmes.

 

As últimas eleições destacaram uma mudança no panorama dos media, com o declínio da confiança nos meios de comunicação social tradicionais e o crescimento das plataformas alternativas. Os podcasts emergiram como fontes de confiança, enquanto as redes sociais se polarizaram: O Threads e o Bluesky tendem a atrair utilizadores progressistas, enquanto a plataforma X, de Elon Musk, se inclina para o conservadorismo.

 

A fragmentação do ecossistema mediático e o declínio da confiança nos meios de comunicação tradicionais indicam que as marcas devem considerar a ênfase em plataformas emergentes que são vistas como mais autênticas pelos consumidores, especialmente os podcasts. Esta mudança exige estratégias de conteúdo específicas para cada plataforma, adaptadas ao modo como as audiências consomem cada vez mais os meios de comunicação social com base em linhas ideológicas.

 

À medida que as empresas adotam posturas mais neutras politicamente, as marcas de sucesso provavelmente irão centrar as suas mensagens em temas universais, mantendo-se fiéis aos valores essenciais. As variações regionais no marketing podem tornar-se cada vez mais importantes à medida que as empresas se ajustam às mudanças políticas e demográficas nos diferentes mercados. A potencial divergência regulamentar entre os EUA e a UE poderá vir a afetar todas as grandes marcas com regras e requisitos diferentes na Europa.

 

Assim como os meios de comunicação social, a relação de Trump com empresas e plataformas digitais tem sido controversa.  O TikTok, por exemplo, enfrentou a ameaça de encerramento nos EUA, mas foi recentemente salvo.

 

A administração do recém-nomeado presidente dos Estados Unidos da América também traz grandes expetativas para a indústria tecnológica com impacto em todas as vertentes do marketing. Questões como o antitrust, regulamentação da inteligência artificial, aprovação de fusões e aquisições e a confiança nos meios de comunicação social certamente impulsionarão grandes mudanças, conduzidas pelas novas lideranças.

 

No contexto do marketing e da publicidade, a desinformação e a desregulação de barreiras que restringem a liberdade de expressão (“free speach”), poderão comprometer os esforços de moderação dos conteúdos e os avanços contra a disseminação de informações falsas online. Esse cenário pode levar as marcas, independentemente do setor, a se afastarem de plataformas sociais, nomeadamente do X/Twitter, devido a preocupações com segurança, conteúdos extremistas e um ambiente cada vez mais polarizado.

 

Considerando que o digital continua a crescer em relevância, será que veremos uma mobilização das marcas contra o status quo, com a decisão de se afastarem das redes sociais, abandonando os seus seguidores e canais digitais que oferecem atenção imediata e relevância?

 

Embora algumas marcas pioneiras, como a Bottega Veneta e a Lush, já tenham deixado as redes sociais, regressando à publicidade tradicional, a decisão de criar engagement com os consumidores fora do ambiente digital traz implicações significativas.

 

Sem dúvida que as marcas que se dizem socialmente responsáveis vão ter de repensar as suas abordagens. E, não se podem esquecer que o seu público-alvo é cada vez mais o “consumidor cidadão”, cujas decisões de consumo estão intimamente ligadas às convicções políticas e sociais.

 

Em tempos de incerteza, as pessoas procuram conforto. O mesmo acontece com as marcas, que tendem a se afastar de controvérsias, mas também a procurar formas de conquistar favorabilidade. Assim como na nova era Trump, este contexto de mudanças rápidas e imprevisíveis também pode abrir novas oportunidades de crescimento, se as marcas souberem se adaptar às circunstâncias.

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