As marcas e o apelo dos oceanos

Pesquisa

A opinião de Ana Trigo Morais
As marcas e o apelo dos oceanos
16 de Agosto de 2023
As marcas e o apelo dos oceanos
As marcas e o apelo dos oceanos
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit.
As marcas e o apelo dos oceanos
Ana Trigo Morais
CEO Sociedade Ponto Verde

O relatório “From source to sea — The untold story of marine litter” da Agência Europeia do Ambiente põe o dedo numa ferida que continua aberta: 80% dos resíduos que chegam ao mar são da responsabilidade humana e cerca de 85% do lixo marinho é plástico. As perspetivas não são animadoras pois segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA esse volume de plástico nos oceanos poderá triplicar até 2040.

 

São dados que obrigam a uma “call to action” imediata e um apelo à intervenção coletiva, que tem de passar por uma grande mudança nos nossos comportamentos diários, numa relação direta com a forma como produzimos e consumimos. O mar desempenha um papel fundamental no equilíbrio do planeta, quer pelo que representa em termos de biodiversidade, quer pelo que significa em termos de recurso. No entanto, é um recurso que não podemos dar como garantido.

 

A duplicação da população mundial nos últimos 50 anos levou a uma exploração intensiva dos oceanos e que tem de ser repensada. Isso obriga a sociedade em geral, desde as empresas aos poderes públicos passando pelos cidadãos, a repensar a forma como consome e produz para evitar que grande parte da poluição acabe por desaguar no mar. O nosso futuro assim o exige.

 

É certo que nos últimos anos os oceanos têm estado sob os holofotes mediáticos e políticos, mas isso não chega. Todos nós, como cidadãos, devemos ser verdadeiros agentes da educação ambiental, as marcas devem aprofundar o seu compromisso com a sustentabilidade e a economia circular e os poderes público têm de criar instrumentos legais que promovam a eficiência em detrimento da burocracia.

 

As preocupações ambientais estão, genericamente, na ordem do dia para os consumidores e, portanto, as marcas que tiverem práticas responsáveis ganharão também a sua confiança e a preferência.

 

Está, portanto, na hora de vermos mais estratégias assentes nos critérios ESG, com as empresas e as marcas a alinharem o seu modelo de negócio com a neutralidade carbónica, a biodiversidade e a preservação dos oceanos, a redesenharem e a repensarem o seu modelo de negócio, que até pode passar por uma outra conceção de produtos e serviços, para serem mais sustentáveis. Há que afinar o olhar e descobrir oportunidades verdes!

 

O desejável é minimizar os impactos ao longo da cadeia de valor, para se conseguir otimizar os ciclos produtivos, a distribuição e o consumo e promover o tratamento responsável de materiais quando os produtos deixam de ser úteis, com o devido encaminhamento para os sistemas de tratamento de resíduos.

 

O foco deve também estar na Educação Ambiental e, no caso do mar, na Literacia dos Oceanos através de campanhas de comunicação e de proximidade junto dos consumidores.

 

Conhecer. Inovar. Comunicar. Consciencializar. Decidir. Agir. São palavras de ordem que devem moldar a atuação de todos nós. Só assim será possível mudar o rumo que os oceanos estão a seguir.

 


 

Artigos Relacionados

A carregar...

fechar

As marcas e o apelo dos oceanos

O melhor do jornalismo especializado levado até si. Acompanhe as notícias do mundo das marcas que ditam as tendências do dia-a-dia.

A enviar...

Consulte o seu email para confirmar a subscrição.

Li e aceito a política de privacidade.

As marcas e o apelo dos oceanos

Fique a par das iniciativas da nossa comunidade: eventos, formações e as séries do nosso canal oficial, o Brands Channel.

A enviar...

Consulte o seu email para confirmar a subscrição.

Li e aceito a política de privacidade.

imagensdemarca.pt desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile