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Existe hoje
algum consenso que foi mais fácil, inclusive por falta de escolha, “cair” na
quarentena, do que sair dela.
Passava pouco
da meia noite do último 31 de Dezembro, nos mais variados cantos do mundo,
grupos de pessoas de vários credos, religiões e tradições festejavam o final de
um ano, e lançavam desejos de um novo ano cheio de desejos, votos de novas
conquistas e quem sabe algumas mudanças de vida.
Com toda a
certeza, ninguém desses mais de 7 bilhões de pessoas conseguia ter uma breve
ideia do que o novo ano de 2020 iria trazer.
Independente
de comer as passas da meia noite, de saltar de uma cadeira com uma nota alta na
mão, de usar lingerie azul, de pular sete ondas ou de atirar flores a Iemanjá,
ou apenas de beber um flute de champagne, com toda a certeza os seus votos
saíram furados.
Seja pela
novidade desta nova família de vírus, seja pelo caracter político que desde
cedo assumiu, seja ainda pelo poder arrasador das mais de 4 bilhões de pessoas
conectadas nas redes sociais, o impacto, a velocidade e a magnitude com que
essa pandemia atingiu o planeta Terra foi em todas as medidas possíveis
surpreendente e inesperada,
Em poucas
semanas, logo no início de Março, todas as promessas, todos os votos, todos os
desejos de Ano Novo se esvaiam pela chegada abrupta, sem piedade, do novo
vírus, primeiro pelas notícias, depois pelas alterações de regras de convívio
em sociedade impostas pelos diversos Governos,
De repente,
foi como se a vida tivesse carregado num botão de Fast Forwarde acelerado tendências que, apesar de estarem
mapeadas, não estavam previstas de chegar tao depressa, e por certo, não todas
ao mesmo tempo.
Num ápice
nossas vidas se alteraram, nossas rotinas ganharam novos ritmos e novos
itinerários, novos hábitos e novos desafios. Sem cerimónia ou pré-aviso,
ficamos entre 4 paredes, todos ao mesmo tempo, todos da mesma casa, todos da
mesma cidade, todos do mesmo Pais, todos deste planeta.
Para quase todas
as verticais de negócio, as jornadas do consumidor se alteraram de forma
significativa. Equipas de Marketing de produtos e serviços tiveram que desenhar
novos mapas de encontro, novos esquemas de Funil de Consumidor, novas formas de
impactar, novos códigos de comunicação e de conversão de clientes.
Como em todas
as crises, sempre existira o lado positivo da situação. Assim, assistimos um
pouco por todo o lado a setores que florescem, enquanto outros padecem. Existem
novos negócios que dão novas oportunidades de vida a sonhos antigos, novos
desafios que agora se tornaram possíveis, quer pela quebra de paradigmas e
preconceitos, quer ainda pela rápida expansão de novos canais digitais, novos
hábitos de consumo, e novas rotinas de relacionamento social.
Nesta fase
que vivemos agora, entrando no mês de Setembro, num cenário em que os números,
os cientistas, os jornalistas, os políticos e as grandes estatísticas teimam em
nos confundir, as grandes duvidas são de como será o “regresso” a algo que
ninguém sabe bem como será, mas que certamente terá pouco a ver com o que
deixamos em Fevereiro.
Como e quando
as crianças voltarão a escola? Como será o regresso aos escritórios? Como
voltaremos a viajar? Quando voltarei ao cinema? Como serão os grandes eventos?
Continuaremos com tantas calls por dia? Continuarei a comprar quase tudo
online? Como será o equilíbrio (ou falta dele) entre calls e reuniões
presenciais? Será que vou voltar a 100% para o escritório?
Existe hoje
algum consenso que foi mais fácil, inclusive por falta de escolha, “cair” na
quarentena, do que sair dela. Esta saída dos mais diversos estados de
quarentena, tão almejada, encontra-se ainda cheia de incertezas, medos, duvidas
e sem sombra de dúvidas, de sentimentos mistos. Houve quem se adaptasse bem ao
ritmo de vida mais doméstico, e hoje gostaria de independente da pandemia,
equilibrar mais a sua vida, o seu tempo, as suas rotinas, os seus objetivos.
Esteja você
nos negócios “quentes” da pandemia de vender pijamas, pantufas, maquinas de
fazer pão, maquinas de cortar cabelo ou mesmo a explorar um pequeno negócio que
explodiu no e-commerce com apoio das redes sociais, ou em outra vertical de
negocio igualmente impactado, tem que estar atento as boas oportunidades, fugir
das que obviamente vão ser duramente afetadas, e ter a capacidade e agilidade
para fazer adaptações aos produtos e serviços e aprender rápido, medir rápido,
tomar decisões fundamentadas e se for necessário recomeçar tudo de novo.
“There is nothing permanent except change. “- Heraclitus.
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